O puerpério é um período intenso e transformador, marcado por mudanças físicas, emocionais e hormonais. E muitas delas ainda são pouco faladas ou reconhecidas.
Neste stories, vamos falar sobre as principais mudanças corporais no pós-parto que, apesar de serem comuns, são raramente discutidas.
O puerpério começa após a saída da placenta e pode durar de 45 a 60 dias, sendo dividido em imediato, tardio e remoto. Cada fase tem características próprias.
Nesse período, o corpo inicia uma descompressão física e hormonal, revertendo mudanças da gestação e tentando voltar gradualmente ao seu estado anterior.
Entender as transformações que o corpo enfrenta após o parto é um passo fundamental para promover acolhimento, empatia e reduzir julgamentos indevidos.
Pois, ao reconhecermos que essas mudanças são naturais e inevitáveis, conseguimos oferecer mais apoio às mulheres nessa fase delicada.
Além disso, quando a mulher entende o que está acontecendo com seu corpo, ela lida melhor com a maternidade, reconhece seus limites e se trata com mais gentileza.
As transformações do pós-parto são contínuas e integradas. A cada dia, o corpo busca equilíbrio após o fim da gestação, lidando com hormônios e impactos emocionais. As principais são:
Após o parto, os cabelos que antes estavam volumosos podem cair bastante por conta da queda hormonal. Isso tende a durar de 3 a 6 meses.
As unhas também podem ficar mais fracas. Suplementos receitados por profissionais podem ajudar na recuperação dos fios e das unhas.
A pele pode ressecar, perder brilho e surgir acne ou melasmas. Essas alterações hormonais exigem paciência e cuidados contínuos.
Cicatrizes de cesárea e estrias também exigem atenção, pois precisam de cuidados específicos para garantir boa cicatrização e evitar complicações.
É comum manter uma barriga de “6 meses” nas primeiras semanas. Isso pode ser causado pela diástase abdominal, separação dos músculos retos.
A diástase pode se corrigir sozinha, mas em alguns casos exige fisioterapia ou cirurgia. O uso de cintas deve ser avaliado por profissionais.
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A descida do leite causa inchaço, dor e sensibilidade nos seios. Pode haver rachaduras nos mamilos, ingurgitamento ou até mastite.
O puerpério pode causar incontinência urinária temporária e constipação. Isso ocorre pela reorganização dos órgãos e hábitos da mulher.
Alimentação equilibrada, fisioterapia e atividades leves ajudam a recuperar o bom funcionamento urinário e intestinal.
A súbita queda no volume sanguíneo pode causar inchaço em pés e mãos e sensação de peso nas pernas. É normal nos primeiros dias do puerpério.
É comum ter olhos secos, visão embaçada e sensibilidade ocular, reflexos das mudanças hormonais. São efeitos geralmente temporários.
Na boca, é possível ter gengivite, sangramentos e cáries. A higiene bucal precisa ser redobrada nesse período de queda da imunidade.
Grande parte das mudanças corporais no pós-parto está relacionada às alterações hormonais que o organismo materno sofre após o nascimento do bebê.
A queda abrupta de estrógeno e progesterona após o parto afeta corpo e mente, podendo causar tristeza, irritação e ansiedade.
Além das mudanças físicas, o puerpério transforma a identidade da mulher. A nova realidade traz novos papéis e sentimentos.
Lidar com o puerpério exige paciência e compreensão. Cada corpo tem seu ritmo, e respeitá-lo é essencial para atravessar essa fase com mais leveza.
Contar com uma rede de apoio é fundamental. Compartilhar experiências ajuda a aliviar a carga emocional e promove bem-estar.
Cuidar de si em pequenas ações diárias também ajuda: boa alimentação, descanso, momentos de prazer e reconexão com a própria identidade.
Por fim, as transformações do pós-parto são profundas e carregam significado. O foco não deve ser “voltar ao normal”, mas viver o processo com tempo e cuidado.
O puerpério é uma travessia. Com empatia, apoio e informação, a mulher pode atravessar essa fase com mais segurança e acolhimento.
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