Mulher grávida sentada no sofá com expressão de incômodo, apoiando a mão sobre a barriga, demonstrando desconforto causado por sintomas comuns da gestação.

Dicas para aliviar desconfortos comuns durante a gravidez

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por transformações intensas que afetam tanto o físico quanto o emocional. O crescimento do útero, a produção hormonal elevada e as adaptações estruturais influenciam diretamente o bem-estar. E, embora essas mudanças sejam naturais, elas exigem atenção e cuidado ao longo dos nove meses.

Ademais, a rotina pode ser impactada por diversos desconfortos típicos dessa fase. Sintomas como azia, inchaço, dores lombares, enjoos e insônia são comuns e muitas vezes inevitáveis, afetando a disposição, o humor e até mesmo a qualidade do sono da gestante. Por isso, identificar e compreender cada sintoma é essencial para lidar melhor com eles. 

Com atitudes simples, é possível aliviar muitos desses desconfortos sem comprometer a saúde da mãe ou do bebê. Adotar uma rotina leve, cuidar da alimentação, praticar exercícios adequados e descansar de forma eficiente são medidas valiosas. Por isso, neste post, reunimos dicas práticas para tornar a gravidez mais confortável, saudável e acolhedora.

Por que a gravidez acarreta tantas mudanças?

A gravidez desencadeia uma verdadeira reconfiguração do organismo. O corpo precisa criar condições ideais para o desenvolvimento do bebê, e isso afeta desde a circulação até o funcionamento do sistema digestivo e respiratório.

Além disso, grande parte dos desconfortos relatados nesse período está ligada à explosão hormonal. Pois, hormônios como estrogênio, progesterona e hCG são produzidos em alta escala, impactando diretamente o metabolismo, o apetite, o sono e o sistema nervoso.

“Durante o primeiro trimestre, da primeira à décima terceira semana, muitas mulheres sentem náuseas, azia, dor nas costas, cãibras nas pernas e outros sintomas da gravidez. Mas há coisas que as mulheres podem fazer para reduzir o desconforto e se sentirem melhor.”

Rebecca Alicandro, médica obstetra e ginecologista

Outrossim, essas mudanças influenciam não apenas o corpo, mas também o estado emocional da gestante. Como a sensibilidade aflorada, oscilações de humor, cansaço e ansiedade tornam-se frequentes, exigindo acolhimento e compreensão. Agora, fisicamente, o crescimento do útero gera pressão sobre órgãos internos, o que pode desencadear sintomas como azia, falta de ar, dor lombar e alterações no ritmo intestinal.

Entender como essas alterações afetam o corpo e a mente da gestante é essencial para lidar com os desconfortos com mais empatia e preparo. Elas não apenas provocam sintomas físicos, mas também influenciam o equilíbrio emocional e psicológico.

Por isso, reconhecer esses impactos permite que a gestante se sinta mais acolhida e segura ao buscar ajuda e soluções. Saber o que é esperado e quando é hora de procurar orientação médica torna o processo mais tranquilo e saudável para todos os envolvidos.

Principais desconfortos e como combater 

Durante a gravidez, a mulher pode vivenciar uma série de desconfortos que vão surgindo ao longo dos trimestres. Esses sintomas, embora comuns, podem afetar o bem-estar físico e emocional da gestante. Felizmente, há estratégias eficazes que ajudam a aliviar esses incômodos sem comprometer a saúde da mãe ou do bebê.

Nos tópicos a seguir, reunimos os principais desconfortos relatados durante a gestação e sugestões práticas para amenizá-los, sempre respeitando os limites e necessidades de cada corpo.

Enjoos

O enjoo matinal é um dos sintomas mais comuns da gravidez, afetando até 90% das gestantes, especialmente no primeiro trimestre. Ele costuma surgir devido ao aumento de hormônios como a gonadotrofina coriônica humana (hCG), que provoca alterações no estômago e no sistema digestivo.

Mulher cobrindo a boca com uma mão e a outra segurando sua barriga, demonstrando o sintoma comum de enjoo na gravidez.

Para aliviar esse desconforto, algumas medidas simples podem ser eficazes. Ao acordar, recomenda-se ingerir alimentos secos, os quais ajudam a reduzir a acidez estomacal. Manter uma rotina alimentar com 6 a 8 refeições diárias em pequenas quantidades também é importante para evitar o estômago vazio.

Além disso, é indicado evitar alimentos gordurosos, condimentados ou com odores fortes, assim como não ingerir líquidos ao acordar ou durante as refeições. Dá-se preferência a alimentos leves e de fácil digestão. Outrossim, o gengibre pode ser um excelente aliado, podendo ser usado em chás, biscoitos ou na água aromatizada. 

No entanto, é válido ressaltar que, se os sintomas forem intensos e persistirem após a 20ª semana de gestação, é essencial buscar acompanhamento médico para descartar a possibilidade de hiperêmese gravídica, uma condição que requer tratamento especializado.

Inchaço nos pés

O inchaço nos pés, também conhecido como edema, é bastante comum no final da gravidez. Ocorre devido ao aumento do volume sanguíneo e à compressão das veias pélvicas pelo útero em crescimento, dificultando o retorno do sangue dos membros inferiores para o coração.

Para amenizar esse sintoma, é importante elevar os pés sempre que possível, usar calçados confortáveis e evitar passar longos períodos em pé. Caminhadas leves ou natação ajudam a estimular a circulação e são altamente recomendadas. Além disso, manter o corpo bem hidratado, ingerindo ao menos dois litros de água por dia, contribui para reduzir a retenção de líquidos.

Mulher grávida sentada em um sofá cinza, acariciando seus pés inchados.

Outras estratégias úteis incluem o uso de meias de compressão, quando indicadas pelo médico, e a aplicação de bolsas frias nos pés e tornozelos para aliviar a sensação de peso. Vale ressaltar que, se o inchaço surgir de forma repentina ou vier acompanhado de dor de cabeça intensa, alterações visuais ou desconforto abdominal, é essencial procurar assistência médica.

Azia

A azia costuma se intensificar no segundo e terceiro trimestres e ocorre devido à compressão do estômago pelo útero em crescimento, além do relaxamento do esfíncter esofágico, causado pelas alterações hormonais. Essa combinação facilita o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, provocando a sensação de queimação.

Para aliviar esse desconforto, recomenda-se fracionar as refeições ao longo do dia, ingerindo pequenas quantidades em intervalos curtos. Também é importante evitar deitar logo após comer, preferindo aguardar ao menos uma hora. Outrossim, manter a cabeceira da cama levemente elevada contribui para reduzir os episódios noturnos de azia.

Além disso, alimentos muito ácidos, picantes ou gordurosos tendem a agravar o problema e devem ser evitados sempre que possível. E, caso a azia se torne frequente e intensa, é fundamental procurar o obstetra, que poderá avaliar a necessidade de prescrição de medicamentos.

Dor nas costas

Com o avanço da gravidez, o centro de gravidade da gestante se altera, o que exige mais dos músculos lombares e pélvicos e pode provocar dores nas costas. Para amenizar esse desconforto, é essencial manter uma boa postura tanto ao sentar quanto ao caminhar, evitando ainda cruzar as pernas ou adotar posições que sobrecarregam a coluna.

Mulher grávida com expressão de dor enquanto segura a barriga com uma mão e apoia as costas com a outra, inclinando-se levemente para frente, demonstrando desconforto comum.

Além disso, durante o sono, o uso de travesseiros de apoio entre as pernas e sob a barriga contribui para um descanso mais confortável. A prática de atividades físicas leves, também ajuda a fortalecer a musculatura e reduzir a tensão na região lombar. Outras medidas eficazes incluem o uso de cintas de sustentação para gestantes e a aplicação de bolsas térmicas quentes nas costas.

Dores nas mamas

Durante o período gestacional, é comum que as mamas fiquem mais sensíveis e aumentem de volume devido à preparação do corpo para a amamentação. Essas alterações hormonais podem causar incômodo, sensação de peso e até dor.

Para aliviar o desconforto, recomenda-se o uso de sutiãs confortáveis, com boa sustentação, que acompanhem o crescimento das mamas sem apertar. Além disso, absorventes ou gazes podem ser colocados no sutiã para conter eventuais vazamentos de colostro, principalmente no segundo e terceiro trimestres.

Outro recurso eficiente são as bolsas térmicas de gel, que podem ser usadas frias para reduzir inflamações e quentes para aliviar a tensão e facilitar o fluxo mamário. O importante é adaptar o uso conforme a necessidade do momento e sempre buscar conforto.

Insônia

Alterar o ciclo do sono é comum, especialmente no terceiro trimestre, quando o desconforto físico e a ansiedade se intensificam. A dificuldade para encontrar uma posição confortável, a necessidade frequente de urinar e as preocupações com a chegada do neném podem prejudicar o descanso noturno.

Mulher grávida deitada na cama durante a noite, com expressão de cansaço e insônia, vestindo roupas confortáveis e com uma das mãos apoiada na testa.

Logo, para melhorar a qualidade do sono, é recomendado estabelecer uma rotina com horários regulares para dormir e acordar, além de evitar cochilos longos durante o dia. Dormir de lado, preferencialmente sobre o lado esquerdo, e utilizar travesseiros entre as pernas e sob a barriga ajudam a reduzir a pressão corporal e promovem maior conforto.

Dores pélvicas

A dor na região da pelve durante a gravidez é provocada pela distensão dos ligamentos responsáveis por sustentar o útero, que se adaptam ao crescimento do feto. Esse desconforto pode variar de leve incômodo a dores mais intensas, especialmente no final da gestação, quando o peso e a pressão sobre a pelve aumentam consideravelmente.

Para aliviar esse tipo de dor, a gestante pode realizar alongamentos específicos para o quadril e a pelve, sempre com orientação profissional. A prática de ioga  também oferece bons resultados, promovendo relaxamento e flexibilidade. Além disso, o uso de suportes abdominais durante atividades físicas ou caminhadas ajuda a reduzir a sobrecarga na região, proporcionando mais conforto no dia a dia.

Mulher grávida deitada de lado na cama com a mão sobre a região pélvica, demonstrando desconforto típico da dor pélvica gestacional.

A gestação é um processo desafiador que exige atenção constante ao bem-estar físico e emocional da mulher. Dessa forma, compreender os sinais do corpo e adotar hábitos saudáveis contribui significativamente para uma experiência mais leve e acolhedora ao longo dos nove meses.

Ademais, buscar apoio emocional de familiares e amigos, além de manter um estilo de vida equilibrado, são atitudes fundamentais para lidar com os desconfortos comuns. Alimentação adequada, exercícios seguros e descanso de qualidade são aliados importantes no cuidado com a saúde da mãe e do pequeno.

Por fim, acima de tudo, o acompanhamento médico regular é indispensável. Pois, mesmo sintomas aparentemente simples merecem atenção profissional para garantir tranquilidade e segurança em todas as etapas da gravidez.

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