Grávida sentada na cama na reta final da gravidez.

Reta final da gravidez? Veja 11 sinais que merecem atenção!

Os últimos três meses de gestação, do sétimo ao nono, correspondem ao período em que o bebê passa por um desenvolvimento bastante acelerado, e o momento mais esperado se aproxima. Para a mãe, o sentimento é uma mistura de ansiedade e alegria, e para que tudo ocorra bem, é preciso atenção a diversos aspectos.

De maneira geral, esse período ocorre de forma natural, mas é sempre importante estar atento. Além disso, o apoio da rede ao redor desempenha um papel fundamental nesse momento, oferecendo suporte emocional e prático à mãe.

Por isso, neste texto, vamos apresentar 11 sinais que merecem atenção da mãe e de toda a família, principalmente na reta final da gravidez, garantindo mais segurança e tranquilidade para todos.

11. Inchaço nas extremidades

À medida que a gestação começa a chegar no final, é comum que o corpo acumule líquidos, principalmente nos pés, tornozelos, mãos e parte inferior das pernas, causando inchaço. Esse acúmulo, conhecido como edema, é geralmente esperado, especialmente no terceiro trimestre. O Manual MSD explica que o motivo do acúmulo de líquidos está relacionado a mudanças hormonais e físicas.

Líquido se acumula durante a gravidez porque as glândulas suprarrenais produzem mais hormônios que fazem com que o organismo retenha líquido (aldosterona e cortisol). Líquido se acumula também porque a ampliação do útero interfere com o fluxo de sangue a partir das pernas para o coração. Assim, o líquido se acumula nas veias das pernas e escoa para os tecidos circundantes.

Manual MSD

Embora, na maioria dos casos, o inchaço seja apenas uma consequência normal da gravidez, ele também pode indicar condições mais sérias, como: pré-eclâmpsia, cardiomiopatia periparto trombose venosa profunda. Por isso, é importante ficar atenta a sinais que exigem avaliação médica imediata, incluindo:

  • Inchaço moderado ou intenso nas mãos, quando os anéis não saem com facilidade;
  • Aumento repentino de inchaço em qualquer região do corpo;
  • Inchaço em apenas uma perna ou panturrilha, principalmente se acompanhado de calor, vermelhidão, sensibilidade ou febre;
  • Pressão arterial igual ou superior a 140/90 mm Hg;
  • Dor de cabeça intensa e persistente, alterações na visão, confusão, dor forte na parte superior do abdômen ou dificuldade para respirar;
  • Dor no peito ou dificuldade para respirar.

O inchaço comum durante a gravidez pode ser aliviado adotando algumas medidas simples. O Manual MSD, recomenda deitar sobre o lado esquerdo, pois ajuda a afastar o útero da veia cava inferior, facilitando o retorno do sangue ao coração.

Também é recomendável fazer repousos frequentes com as pernas elevadas, utilizar meias elásticas de compressão para dar suporte e optar por roupas soltas, que não apertem tornozelos ou panturrilhas, garantindo que o fluxo sanguíneo não seja prejudicado.

10. Febre

A febre não é um sintoma comum em nenhuma fase da gravidez e pode representar riscos para o bebê. Sendo que, no final da gestação, a presença de febre pode aumentar a chance de trabalho de parto prematuro.

Grávida sentada no sofá conferindo o termômetro.

Por isso, é fundamental identificar a causa do aumento de temperatura. De acordo com o Manual MDS, na consulta, o médico pode indicar tratamento específico, mas medidas como o uso de paracetamol e mantas de resfriamento também podem ajudar a reduzir a febre alta.

Considera-se febre quando a temperatura corporal supera 38 °C. Esse sintoma costuma aparecer acompanhado de mal-estar, dores e outros sinais, podendo ser causado por gripe, infecção viral ou resfriado comum.

Para prevenir a febre durante a gestação, é fundamental seguir as orientações médicas do pré-natal, mantendo em dia todas as vacinas recomendadas para a gestante. Além disso, nunca se automedicar é essencial, pois alguns medicamentos podem ser prejudiciais ao bebê.

Durante a gravidez, a febre pode indicar doenças infecciosas que oferecem risco ao pequeno, como toxoplasmose ou citomegalovírus. Se os sintomas persistirem por mais de um dia, é essencial procurar atendimento médico imediatamente para garantir a segurança da mãe e da criança.

9. Corrimentos

No final da gravidez é comum notar uma pequena quantidade de corrimento vaginal, que geralmente se mantém dentro da calcinha sem escorrer. Sua principal função é manter a região lubrificada e limpa, prevenindo inflamações e reduzindo o risco de infecções.

Esse corrimento fisiológico é resultado da combinação natural de células descamadas da parede vaginal, bactérias benéficas da flora íntima e muco. Segundo a Criovida, em geral, a quantidade diária varia entre 1 ml e 4 ml. O hormônio estrogênio exerce papel importante nesse processo, fazendo com que a produção aumente em períodos de maior estimulação hormonal, como durante a gestação.

Mulher grávida em frente ao espelho do banheiro segurando a barriga.

No entanto, alterações no corrimento podem indicar a necessidade de avaliação médica. Sinais de alerta incluem odor forte, coloração amarelada, esverdeada ou com sangue, aumento significativo do volume, além de coceira, dor abdominal ou inchaço na região vaginal. É fundamental procurar um ginecologista se algum desses sintomas estiver presente:

  • Secreção com cheiro intenso ou cores anormais (verde ou marrom);
  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual, ou presença de sangramento;
  • Suspeita de sangramento vaginal próximo ao parto;
  • Possível rompimento da bolsa.

8. Dores nas costas

As dores nas costas é uma queixa frequente das gestantes ainda nas primeiras semanas. A pediatra, Dra. Célia Yunes Portiolli explica que o desconforto geralmente está relacionado ao aumento da progesterona, hormônio que prepara o útero para receber o embrião. Ele aumenta cerca de 30 vezes durante a gestação.

Apesar de serem incomodas, normalmente não causam limitações significativas, nem provocam perda de força ou alterações na sensibilidade das pernas. Para prevenir o surgimento da dor, é necessário evitar alguns comportamentos como carregar peso, permanecer por muito tempo sentada ou com a postura incorreta, passar horas em pé e usar sapatos de salto alto.

Faça compressas de água quente e alterne com água fria na região da dor, tomar banho quente também pode aliviar. Durante o sono deitar de lado com almofadas podem ajudar também, e uma massagem é bem-vinda e recomendada.

Pediatra, Dra. Célia Yunes Portiolli

Caso surjam sintomas como formigamento, fraqueza ou perda de sensibilidade nos membros inferiores, é possível que haja alguma condição como hérnia de disco, que além de provocar dor na coluna, pode afetar pernas e pés. Nesses casos, é fundamental buscar orientação do médico responsável pelo pré-natal.

7. Prisão de ventre

Mesmo não estando grávidas, as mulheres já tem uma tendência natural de apresentar mais casos de prisão de ventre do que os homens, principalmente devido à ação do hormônio progesterona. Contudo, no período da gravidez, essa tendência pode se intensificar. A constipação na gestação é comum e resulta de uma combinação de fatores hormonais, físicos e de hábitos de vida. Entre os principais estão:

  • Alterações hormonais;
  • Crescimento do útero;
  • Dieta com baixo teor de fibras;
  • Ingestão insuficiente de líquidos;
  • Uso de suplementos de ferro;
  • Mudanças na rotina e estilo de vida.

Para prevenir ou aliviar a prisão de ventre durante a gravidez, algumas estratégias podem ser adotadas são a inclusão de mais fibras na alimentação, o consumo de bastante água diariamente a prática de exercícios físicos regularmente e o estabelecimento de horários regulares para ir ao banheiro.

Embora a constipação não represente risco direto para o bebê, pode causar desconforto significativo para a gestante. Em alguns casos, pode favorecer o surgimento de hemorroidas internas ou externas, que provocam dor e, eventualmente, sangramentos. Por isso, caso os sintomas se agravem, é recomendado buscar auxilio médico.

6. Náuseas e vômitos

Náuseas e vômitos são sintomas frequentes durante a gestação. Contudo, quando os episódios são repetitivos e persistentes, é necessário atenção, pois podem indicar uma condição mais grave chamada hiperêmese gravídica.

De forma geral, o vômito ocorre quando o estômago é esvaziado involuntariamente, causado por contrações fortes da musculatura abdominal e torácica. Já a náusea é a sensação desagradável de necessidade de vomitar, frequentemente acompanhada de sintomas como suor frio, salivação excessiva, digestão lenta e refluxo. O que diferencia as náuseas e vômitos da gravidez de quadros semelhantes fora da gestação é que, na gestação, eles aparecem sem relação com outras doenças de base.

Mulher enjoada após sentir cheiro de comida desagradável, um dos sintomas iniciais da gravidez.

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, estima-se que cerca de 85% das gestantes experimentem náuseas ou vômitos em algum momento da gravidez. Em aproximadamente 25% dos casos, ocorre apenas a chamada “náusea matinal”, enquanto o restante apresenta diferentes graus de vômitos associados à náusea. Esses sintomas são mais frequentes entre a 5ª e 9ª semana de gestação, diminuindo progressivamente após a 20ª semana.

Ademais, para ajudar a prevenir enjoos e náuseas durante a gestação, algumas medidas simples podem fazer grande diferença. Como por exemplo, fazer pequenas refeições ao longo do dia e evitar jejum prolongado, isso ajuda a manter o estômago menos sensível e reduz os episódios de mal-estar. Além disso, o gengibre, seja em chá ou balas, pode ser um aliado natural para aliviar os sintomas, desde que seja utilizado com autorização do médico.

A necessidade de tratamento medicamentoso ocorre em cerca de 10% das gestações, enquanto os casos mais severos de vômitos persistentes, ou hiperêmese gravídica, representam apenas 1,1% de todos os episódios.

5. Falta de ar

A sensação de falta de ar é frequente durante a gravidez e geralmente está relacionada ao crescimento do útero, que pressiona levemente os pulmões e dificulta sua expansão completa. Segundo artigo publicado na Clinical Cardiology, entre 60% e 70% das gestantes saudáveis experimentam algum grau de falta de ar, considerada uma resposta normal do corpo às mudanças fisiológicas da gestação.

No entanto, em alguns casos, esse sintoma pode indicar problemas cardíacos ou respiratórios subjacentes como pré-eclâmpsia ou embolia pulmonar, entre outras. Logo, é importante procurar atendimento médico imediatamente se a falta de ar for intensa, acompanhada de ofegância, mãos dormentes ou palidez.

Ademais, para aliviar a falta de ar durante a gestação, algumas estratégias simples podem trazer conforto e bem-estar. Praticar técnicas de respiração profunda ajuda a otimizar a entrada de oxigênio e a reduzir a sensação de aperto no peito. A ioga pré-natal, por sua vez, fortalece a musculatura respiratória, melhora a postura e promove relaxamento, o que faz com que a dificuldade respiratória seja mais leve.

4. Dor no abdômen

Ainda nos primeiros meses de gestação, é comum sentir um peso ou desconforto na região abdominal, causado pelo aumento do útero e pelo maior fluxo sanguíneo na pelve. À medida que o útero cresce, ele pressiona os órgãos próximos, o que pode gerar dores leves, pontadas ou cólicas semelhantes às menstruais.

Grávida sentada no sofá segurando a barriga com dor abdominal.

As causas da dor abdominal podem variar, desde estiramento dos ligamentos, gases, constipação e infecções urinárias, até condições mais sérias, como gravidez ectópica, aborto espontâneo, contrações de Braxton-Hicks ou descolamento da placenta. A intensidade, localização e frequência da dor ajudam a diferenciar se é algo normal ou se requer avaliação médica. Segundo a Maternidade Rede D’Or, algumas medidas simples podem aliviar o desconforto:

  • Descanso regular;
  • Alimentação equilibrada com fibras e hidratação adequada;
  • Exercícios leves, como caminhada e alongamento, sempre com liberação médica.

É importante procurar atendimento médico se a dor for intensa ou persistente, ou estiver associada a sangramento, febre, secreção incomum, tontura ou vômitos.

3. Tontura

A tontura é um dos sintomas mais frequentes durante a gravidez, afetando mais da metade das gestantes. Ela tende a ser mais intensa nos dois primeiros trimestres e pode surgir acompanhada de zumbidos ou sensação de ouvido tampado.

A principal causa está ligada às mudanças hormonais do corpo durante a gestação, que afetam a circulação, a regulação de líquidos e até as articulações. Esses ajustes naturais podem provocar leves episódios de tontura, especialmente em situações de esforço ou quando a gestante se levanta rapidamente.

Entretanto, quando a tontura é constante ou se apresenta de forma muito intensa, é recomendável procurar atendimento médico o quanto antes, especialmente quando outros sintomas surgem associados, como:

  • tremores;
  • suor frio e palidez;
  • falta de ar;
  • palpitações;
  • dor no peito
  • dor de cabeça;
  • cólica intensa;
  • inchaços no corpo.
  • sangramento vaginal;
  • visão embaçada.
Otorrinolaringologista especialista em Tontura e Zumbido, Dra. Nathália Prudencio

2. Vontade excessiva de ir ao banheiro

Acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro ou sentir vontade de urinar com frequência durante o dia é algo muito comum na gravidez. Esse sintoma, embora incômodo, é totalmente normal.

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por alterações fisiológicas que aumentam a produção de urina. Os rins trabalham mais, filtrando uma quantidade maior de líquido, pois o volume de sangue circulante também aumenta. Por isso, mesmo no início da gravidez, algumas mulheres já percebem a necessidade de ir ao banheiro com mais frequência, mesmo que antes não tivessem esse hábito.

Além disso, à medida que o útero cresce, ele ocupa mais espaço na pelve e pressiona a bexiga, diminuindo sua capacidade de armazenamento. Isso faz com que a gestante sinta vontade de urinar com maior regularidade, tanto durante o dia quanto à noite.

O ginecologista e obstetra, Dr. Igor Padovesi, explica que embora seja um dos sintomas mais comuns da gestação, infelizmente não há muitas maneiras de evitá-lo. Contudo, mesmo com o aumento da frequência é importante não diminuir a hidratação, pois é essencial, inclusive, para evitar infecção urinária.

1. Sangramento

De acordo com o Manual MSD, entre 3% e 4% das gestantes podem apresentar algum sangramento vaginal após a 20ª semana de gravidez. Na maioria das vezes, esse sinal indica que é hora de uma avaliação médica, já que, em algumas situações, pode estar relacionado a alterações na placenta ou outras condições que precisam de acompanhamento especializado.

No final da gravidez, é comum também a eliminação do tampão mucoso, uma pequena massa de muco que pode conter estrias de sangue. Isso acontece quando pequenas veias do colo do útero se rompem à medida que ele começa a dilatar, liberando o muco pela vagina. Embora a perda do tampão mucoso não seja o início do trabalho de parto, geralmente indica que ele pode começar em até uma semana. A quantidade de sangue nessa secreção é pequena e considerada normal.

Uma mulher que apresentar sangramento vaginal no final da gravidez deve procurar o médico para ser avaliada imediatamente, uma vez que o sangramento pode estar associado a complicações que ameaçam a segurança da mulher e/ou do feto.

Manual MSD

O sangramento no final da gestação nem sempre significa um problema grave, mas é um indicativo de que a gestante deve ser observada com atenção. Em resumo, qualquer episódio de sangramento deve ser comunicado ao obstetra, mesmo que seja pequeno, para que seja feita uma avaliação cuidadosa e orientações adequadas.

Todos esses cuidados são fundamentais para que a gestante e a família saibam identificar os sinais que exigem atenção médica. Ao mesmo tempo, a reta final da gravidez é um momento único e maravilhoso, que antecede a chegada do bebê, e merece ser vivido com alegria, tranquilidade e pleno aproveitamento de cada instante por todos.

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