Criança sentada no sofá assoando o nariz com lenço de papel.

Alergia respiratória em crianças: 5 dicas simples de prevenção

A alergia respiratória em crianças é bastante comum, mas costuma gerar muitas dúvidas nos pais. Coriza, congestão nasal, tosse e irritação no nariz, na garganta e nos olhos são alguns dos sintomas mais frequentes.

Se para um adulto já é difícil lidar com essas consequências, imagine para uma criança, que muitas vezes nem consegue descrever o que está sentindo. Por isso, entender sobre alergia respiratória infantil é essencial para ajudar o pequeno a atravessar esse momento. Neste texto, vamos explicar tudo e trazer cinco dicas de como prevenir.

O que é e quais são os tipos de alergia respiratória?

As alergias são condições bastante comuns. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Regional Rio de Janeiro, cerca de 30% da população mundial é afetada. Essa condição pode impactar significativamente a qualidade de vida de crianças e adultos.

O termo “alergia” vem do grego allos (outro) e ergia (ação), e significa “resposta diferente”. Trata-se de uma reação exagerada do sistema imunológico a agentes que em condições normais seriam inofensivos, como ácaros, fungos, insetos, alimentos ou medicamentos. Contudo, nesse contexto, o corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça maior do que realmente é.

Criança no sofá assoando o nariz com lenço de papel.

A predisposição genética é uma das causas para o desenvolvimento de alergias, mas fatores ambientais também desempenham papel importante. Por isso, uma pessoa pode manifestar sintomas alérgicos em qualquer fase da vida, dependendo do momento e da intensidade da exposição a determinados agentes.

Quando a alergia afeta o sistema respiratório fala-se em alergia respiratória. Ainda segundo a ASBAI-RJ, atualmente, as alergias respiratórias atingem entre 10% e 20% da população mundial.

Quais os tipos de alergia respiratória?

As manifestações mais comuns são a rinite alérgica, que provoca espirros, congestão nasal e coceira, e a asma, caracterizada por falta de ar, chiado e tosse. Tanto a asma, quanto a rinite, são condições crônicas que provocam inflamação nas vias respiratórias.

Seus sintomas surgem principalmente após exposições frequentes a substâncias que causam alergia no ar e podem piorar com a presença de poluentes ambientais. A seguir, apresentamos mais sobre cada uma:

Sinusite

A médica pediatra, Dra. Ana Escobar, explica que a sinusite é uma inflamação dos seios da face, áreas localizadas nas bochechas, no nariz e na testa. Por isso, quem tem sinusite geralmente sente desconforto e dor de cabeça, que às vezes pode parecer latejar. Pode ocorrer febre, e uma característica típica é a tosse noturna.

Segundo o Hospital Einstein, a sinusite pode se desenvolver devido a uma infecção, uma reação alérgica ou qualquer condição que dificulte a drenagem do muco nos seios da face. E os dois tipos de sinusite são:

  • Sinusite aguda: os sintomas duram menos de 12 semanas e geralmente estão ligados a uma infecção temporária, muitas vezes associada a um resfriado;
  • Sinusite crônica: o inchaço e a inflamação persistem por mais de 12 semanas, caracterizando um processo inflamatório de longa duração.

Embora ambos os tipos apresentem sintomas semelhantes, a diferença principal está na duração e na intensidade do processo inflamatório.

Rinite

A rinite alérgica se caracteriza por episódios de espirros, nariz escorrendo, coceira e sensação de nariz entupido. Em alguns casos, também afeta os olhos, ouvidos e garganta. Ela não é contagiosa e os sintomas podem se parecer com os de um resfriado, o que muitas vezes leva a confusão e pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento.

Esse tipo de alergia é reconhecida como um fator de risco para o desenvolvimento da asma, já que cerca de 40% das pessoas com rinite também apresentam sintomas asmáticos.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a rinite alérgica pode se manifestar de forma leve, moderada ou grave. Quando não é identificada e tratada corretamente, pode gerar complicações, prejudicar o sono, afetar o aprendizado e comprometer a qualidade de vida.

Uma dúvida muito comum entre os pais é: como detectar se a criança tem rinite ou sinusite?

Então, como que a gente vai distinguir uma coisa da outra? A Rinite tem um quadro clínico bem específico de alergia. E a sinusite é um quadro clínico de mais febre, dor de cabeça, mais sistêmico.

Pediatra, Dra. Ana Escobar

Asma

A asma é uma doença respiratória crônica ocasionada por uma inflamação dos brônquios, sendo muito comum em crianças e adolescentes. Também é conhecida popularmente como “bronquite alérgica”, “bronquite asmática” ou simplesmente “bronquite”. Entre seus principais sintomas estão falta de ar, sensação de aperto no peito, chiado, tosse e cansaço ao respirar.

Frequentemente, a asma está associada à rinite alérgica: cerca de 80% das pessoas com asma também apresentam rinite. Ambas as condições são cada vez mais comuns em diversas regiões do mundo, e quando ocorrem juntas, podem comprometer significativamente a qualidade de vida.

De acordo com a ASBAI, a predisposição genética desempenha um papel fundamental na asma, sendo comum observar a doença em vários membros da mesma família. Além disso, existem fatores que podem desencadear ou agravar as crises, especialmente quando a doença não está bem controlada. A manifestação da asma geralmente ocorre quando ambos os fatores são combinados.

Alveolite alérgica extrínseca

A alveolite alérgica extrínseca, também conhecida como pneumonite de hipersensibilidade, é uma inflamação nos pulmões também causada por uma reação exagerada do sistema imunológico. Ela acontece quando a pessoa respira repetidamente certas partículas, como poeira de materiais orgânicos ou algumas substâncias químicas.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica essa reação inflamatória pode causar sintomas respiratórios e, se não for identificada e tratada, pode levar a alterações mais bastante graves no pulmão.

Criança em pé assoando o nariz com lenço de papel.

A confirmação do diagnóstico geralmente se dá por exames de imagem e procedimentos como o lavado broncoalveolar (LBA).

O acompanhamento médico é importante, porque, com o tempo, a inflamação pode evoluir e causar fibrose, ou seja, um endurecimento do tecido pulmonar. Evitar a exposição aos agentes que desencadeiam a reação é uma parte fundamental do tratamento.

O que provoca a alergia respiratória em crianças?

De acordo com o Ministério da Saúde, as principiais causas da alergia respiratória em crianças são:

  • Alergias: poeira, ácaros, mofo, pólen, fezes de baratas e pelos de animais, que são os principais causadores de crises no sistema imunológico infantil;
  • Infecções respiratórias: vírus causadores de gripes, resfriados e outras viroses que podem agravar os sintomas alérgicos;
  • Mudanças climáticas: variações de temperatura e umidade podem favorecer crises alérgicas;
  • Fumaça e poluição: poluentes do ar, fumaça de cigarro e queima de materiais aumentam a inflamação das vias respiratórias;
  • Cheiros fortes: perfumes, produtos de limpeza e outros odores intensos podem desencadear irritação respiratória;
  • Fatores emocionais: estresse e ansiedade podem agravar sintomas respiratórios em crianças predispostas;
  • Exposição ao ar frio: o frio intenso pode provocar espasmos nos brônquios e crises de tosse ou chiado.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da alergia respiratória?

De acordo com a Mayo Clinic, o diagnóstico da alergia respiratória é realizado por um clínico geral, pediatra, alergologista, otorrinolaringologista ou pneumologista. Ele inicia com a avaliação dos sintomas, histórico de saúde e de alergias na família.

Em alguns casos, são solicitados exames complementares, como o teste cutâneo de puntura, dosagem de IgE específica no sangue e, quando há sintomas pulmonares, testes de função respiratória, como a espirometria.

Mãe levando o filho no médico pediatra.

O tratamento envolve principalmente três estratégias: evitar os agentes desencadeadores, utilizar medicamentos e, em situações específicas, considerar a imunoterapia. A prevenção passa por reduzir a exposição a poeira, ácaros, mofo, poluição, fumaça e cheiros fortes. Já os medicamentos mais usados incluem anti-histamínicos, corticoides nasais e, em pacientes asmáticos, broncodilatadores e corticoides inalados.

5 dicas para prevenir alergia respiratória em crianças

Como vimos, alguns fatores, como a predisposição genética e aspectos do ambiente, são determinantes para o desenvolvimento de doenças respiratórias em crianças. No entanto, algumas medidas podem ser adotadas pelos pais para prevenir o surgimento desses quadros. Confira cinco delas a seguir.

5. Mantenha os ambientes limpos e arejados

Poeira, ácaros, mofo, pólen, fezes de baratas e pelos de animais estão entre os principais fatores que provocam alergia respiratória em crianças. Por isso, uma das principais estratégias para prevenir esses quadros é manter os ambientes da casa limpos, bem ventilados e livres do acúmulo desses agentes.

Algumas medidas práticas incluem: trocar e lavar o lençol e a roupa de cama semanalmente, evitar tapetes, cortinas pesadas e objetos que acumulam poeira com facilidade, utilizar aspirador de pó e pano úmido para a limpeza, em vez de vassoura ou espanador e limitar a quantidade de bichos de pelúcia no quarto da criança.

4. Evite o contato com pessoas doentes

Evitar o contato da criança com pessoas doentes é fundamental para reduzir o risco de doenças respiratórias e complicações alérgicas. Sempre que possível, mantenha distância de quem apresenta sintomas como tosse, coriza ou febre, especialmente durante períodos de maior circulação de vírus.

Também é importante evitar levar a criança a locais com grande aglomeração, ambientes fechados ou com intenso fluxo de pessoas. Nesses espaços, o risco de transmissão de vírus e bactérias aumenta significativamente, e fatores como ar frio ou úmido podem agravar os sintomas.

Bebê com casaco rosa de pelo esfregando os olhos com as mãos.

Em casa, caso receba visitas, procure manter o ambiente bem ventilado, abrindo janelas e portas para garantir a circulação de ar. Pequenos cuidados como esses ajudam a reduzir a exposição a agentes infecciosos.

3. Não exponha à fumaça, poluição e cheiros fortes

Evitar a exposição da criança à fumaça e à poluição é essencial para preservar a saúde respiratória. Fumaça de cigarro, queima de materiais e poluentes presentes no ar podem irritar as vias respiratórias, provocando crises de tosse, chiado no peito e piora de alergias.

Além disso, cheiros fortes, como perfumes, produtos de limpeza ou sprays, também podem desencadear irritações e reações alérgicas. Mesmo odores aparentemente leves podem ser suficientes para causar desconforto em crianças mais sensíveis.

Por isso, mantenha ambientes bem ventilados e minimize a presença de fumaça e odores intensos na casa ou nos locais frequentados pela criança.

2. Mantenha a higiene das mãos e objetos de uso frequente

Ensinar a criança a lavar as mãos corretamente e com frequência é uma das medidas mais importantes para prevenir alergias respiratórias e infecções. Oriente que a lavagem seja feita principalmente antes das refeições, ao chegar em casa, após brincar fora ou depois de usar o banheiro.

Além das mãos, é fundamental manter limpos os objetos que a criança usa diariamente. Brinquedos, maçanetas, celulares, tablets, mesas e cadeiras devem ser higienizados regularmente, pois acumulam poeira, ácaros, vírus e bactérias que podem desencadear crises alérgicas ou respiratórias.

Você também pode transformar a higiene em um hábito divertido, usando músicas curtas ou jogos que incentivem a criança a lavar as mãos corretamente.

1. Opte por roupas hipoalergênicas

A pele dos pequenos é muito sensível, e tecidos comuns podem causar irritação ou favorecer alergias respiratórias e cutâneas. Optar por roupas hipoalergênicas ajuda a reduzir o contato com fibras e substâncias que podem desencadear reações alérgicas.

As roupas de bebê da Laleblu, por exemplo, são desenvolvidas especialmente pensando na saúde e conforto das crianças. Seus tecidos são suaves, respiráveis e livres de substâncias que irritam a pele, proporcionando proteção contra alergias e garantindo que os pequenos fiquem confortáveis durante todo o dia.

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