Mãe amamenta o bebê no colo enquanto trabalha em casa, vestida com roupa social e segurando uma caneca, representando a conciliação entre maternidade e carreira.

Voltando Ao Trabalho Após Licença-Maternidade: Como se Adaptar?

A chegada de um bebê transforma completamente a vida de uma mulher. A rotina muda, as prioridades se reorganizam e o tempo parece correr em um ritmo diferente. Nesse novo cenário, o retorno ao trabalho pode parecer assustador, exigindo coragem, planejamento e uma nova perspectiva para equilibrar as responsabilidades maternas e profissionais.

Retomar a vida profissional após a licença-maternidade é um dos maiores desafios dessa fase. Sendo assim, não é incomum que sentimentos de culpa e insegurança apareçam, somados à pressão de manter a produtividade. No entanto, reconhecer essas emoções, validá-las e buscar apoio é um passo essencial para atravessar esse momento com mais leveza e confiança.

Pensando nisso, reunimos neste post orientações práticas e afetivas para apoiar você nessa transição. Ao longo da leitura, você vai encontrar informações sobre seus direitos, dicas de organização, cuidados emocionais e iniciativas que as empresas podem adotar para acolher melhor as mães no ambiente de trabalho.

O que diz a lei sobre a licença-maternidade?

A licença-maternidade é um direito fundamental assegurado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela garante às gestantes um afastamento remunerado de 120 dias, podendo ser ampliado para até 180 dias em empresas que aderem ao programa “Empresa Cidadã”.

Durante esse período, a mulher também conta com estabilidade no emprego, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso garante mais segurança para atravessar a transição da maternidade com tranquilidade, sem receio de perder o cargo profissional.

Art. 396. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um.

Artigo n° 396 da clt

Outro ponto importante é o direito a dois intervalos diários de 30 minutos para amamentar, até o bebê completar seis meses de vida. Esses intervalos devem ocorrer durante a jornada de trabalho e sem qualquer prejuízo salarial para a funcionária. Além disso, organizações com mais de 30 funcionárias têm o dever de disponibilizar um local adequado para amamentação ou coleta de leite.

Vale destacar que a legislação também protege a gestante contra a exposição a ambientes insalubres. Caso existam riscos à sua saúde ou à do neném, ela pode ser realocada para outra atividade, sem perda de salário ou de benefícios.

Por fim, é importante lembrar que esses direitos se estendem também às mulheres em processos de adoção ou guarda judicial de crianças. Essa previsão legal reflete o reconhecimento da pluralidade da maternidade e contribui para uma sociedade mais inclusiva e justa.

O impacto emocional do retorno ao trabalho

O fim da licença-maternidade representa mais do que um simples retorno ao trabalho. Trata-se de um momento de readaptação emocional e prática, especialmente após meses de dedicação exclusiva ao cuidado do bebê. Nesse contexto, é comum que muitas mães se sintam emocionalmente divididas.

A culpa por se afastar do filho, aliada à ansiedade diante de uma nova rotina, pode gerar um turbilhão de sentimentos. Diante disso, muitas mulheres relatam inseguranças em relação ao seu desempenho profissional, ao mesmo tempo em que desejam estar presentes nos primeiros momentos do desenvolvimento da criança.

Mãe visivelmente cansada boceja enquanto segura o bebê no colo e trabalha no computador, simbolizando os desafios da exaustão no retorno à rotina após a licença-maternidade.

Sendo assim, para atravessar esse período de forma mais equilibrada, especialistas recomendam acolher essas emoções com empatia e sem cobranças. Reconhecer que não há uma maneira única e perfeita de conciliar maternidade e carreira é o primeiro passo para aliviar a pressão interna.

Além disso, é fundamental lembrar que cada família possui uma dinâmica singular. Seja você uma mãe solo, com rede de apoio ou que retorna pela primeira vez à rotina profissional, seus sentimentos e desafios são válidos e merecem ser respeitados.

Como planejar a volta ao trabalho após a licença-maternidade?

Mesmo que não exista uma receita exata para essa transição, o planejamento com antecedência faz toda a diferença. Iniciar essa preparação pelo menos 30 dias antes do retorno permite adaptar gradualmente a rotina familiar, reduzindo o impacto emocional tanto para a mãe quanto para o pequenino.

Quando a mulher tem a necessidade de retornar ao trabalho porque está vencendo o prazo da licença-maternidade, é recomendável que ela se prepare para esse retorno com 30 a 15 dias de antecedência.

André de Paula Branco, ginecologista

Ao organizar essa nova fase com calma, você consegue escolher com mais segurança quem ficará responsável pelos cuidados do seu filho. Além disso, pode estruturar uma rotina que contemple o seu bem-estar, o conforto da criança e os compromissos profissionais. Veja a seguir algumas ações importantes que você pode iniciar neste período de organização:

Defina quem cuidará do bebê

Escolher a creche, babá ou familiar responsável é uma das primeiras decisões nessa fase de transição. Por isso, pesquise com antecedência, converse com outras mães, busque referências e visite os locais para conhecer a estrutura e a proposta pedagógica.

Mãe acena para o filho no colo de uma parente mais velha na porta de casa, simbolizando o retorno ao trabalho após a licença-maternidade.

Mais do que aspectos logísticos, o que deve nortear essa escolha é a sua confiança e tranquilidade. Além disso, é importante que alinhe as expectativas com quem for cuidar do seu filho e certifique-se de que os valores estão alinhados com os seus. Pois, sentir-se segura é essencial para que você consiga se dedicar ao trabalho com mais serenidade.

Adapte a rotina do bebê

Comece a introduzir os novos horários de sono, alimentação e banho conforme a rotina que você pretende seguir após o retorno ao trabalho. Essa adaptação gradual é fundamental para que o neném não sinta a mudança de forma brusca.

Ao mesmo tempo, essa organização antecipada também trará mais tranquilidade para você. Saber que o seu filho está adaptado à nova rotina ajuda a reduzir a ansiedade e favorece um retorno mais seguro e equilibrado às suas atividades profissionais.

Planeje sua logística

Organize com antecedência a logística do seu dia a dia, considerando deslocamentos, alimentação, pausas para amamentar ou ordenhar o leite e os espaços disponíveis para isso no ambiente de trabalho. Ter clareza sobre esses pontos ajuda a prevenir imprevistos e torna a rotina mais funcional.

Mãe com expressão concentrada segura o bebê adormecido no colo enquanto trabalha no computador, representando o momento de organização logística para o retorno ao trabalho após a licença-maternidade.

Além disso, montar uma agenda estruturada é essencial para reduzir o estresse e equilibrar as demandas pessoais e profissionais. Planejar os horários com realismo e flexibilidade contribui para um retorno mais organizado e confiante às atividades.

Faça uma reunião com os gestores

Antes de retomar suas atividades, reserve um momento para conversar com seus gestores. Esse encontro é uma oportunidade valiosa para entender se houve mudanças na equipe, na estrutura da empresa ou nas diretrizes desde o início da sua licença.

Ademais, durante a conversa, alinhe expectativas quanto ao seu retorno, compartilhe sua disponibilidade e manifeste seu interesse em retomar suas funções com segurança, produtividade e acolhimento. Essa troca transparente favorece uma reintegração mais harmoniosa e respeitosa para todos os lados.

Dicas para encontrar o equilíbrio entre trabalho e maternidade

Além do planejamento, que é essencial para o retorno após a licença-maternidade, é importante adotar estratégias adicionais para alcançar um equilíbrio saudável entre os papéis de mãe e profissional. Encontrar esse ponto de harmonia exige ajustes, mas pode tornar a rotina mais leve e funcional.

Pensando nisso, reunimos algumas orientações práticas que podem ajudar a conciliar as demandas do trabalho com os cuidados com o bebê. A seguir, veja dicas que contribuem para tornar essa fase mais fluida, produtiva e acolhedora:

Negocie com o seu gerente

Converse com o empregador sobre suas necessidades com transparência e empatia. Essa é uma oportunidade valiosa para alinhar expectativas, esclarecer suas condições atuais e buscar alternativas que favoreçam sua produtividade sem comprometer o bem-estar e os cuidados com o seu filho.

Vale se aproximar dessa pessoa, assim será mais fácil caso a mulher precise se ausentar para atender ao telefone ou esvaziar as mamas.

André de Paula Branco, ginecologista

Durante esse momento, você pode sugerir iniciativas como um programa de retorno gradual com jornada reduzida, opções de horários flexíveis ou trabalho remoto. Essas propostas demonstram comprometimento com o trabalho e também ajudam a tornar a transição mais acolhedora e funcional para todos os envolvidos.

Divida tarefas e aceite ajuda

Dividir as responsabilidades do dia a dia é essencial para que a transição de volta ao trabalho seja mais leve e sustentável. Converse com seu parceiro, familiares ou amigos e alinhe tarefas como os cuidados com o bebê, compromissos domésticos e até demandas logísticas.

Se houver possibilidade, considere contratar ajuda profissional para reduzir a sobrecarga. Ter uma rede de apoio confiável não apenas facilita a organização da rotina, mas também contribui para seu bem-estar físico e emocional nesse novo ciclo.

Estabeleça uma rotina adaptada

Crie uma agenda com horários definidos para o trabalho, os cuidados com o bebê e momentos de autocuidado. Essa divisão clara ajuda a visualizar a rotina e organizar melhor os compromissos.

Mãe com bebê no colo organiza contas e agenda em frente ao notebook na cozinha, simbolizando o planejamento da rotina após o término da licença-maternidade.

Utilize ferramentas como planners físicos ou aplicativos digitais para acompanhar suas tarefas diárias. Com planejamento e constância, a rotina tende a fluir com mais equilíbrio e menos sobrecarga.

Cuide da sua saúde mental

Tire um tempo só para você e valorize momentos de descanso e prazer. Atividades como caminhada, leitura ou meditação ajudam a manter o equilíbrio emocional e físico.

Além disso, caso perceba sinais persistentes de estresse ou sobrecarga, considere procurar apoio psicológico. Cuidar da saúde mental é essencial para se sentir bem em todas as esferas da vida, inclusive na maternidade e no trabalho.

Evite comparações

Cada mãe vive uma realidade única, com desafios, contextos e rotinas diferentes. Por isso, comparar-se com outras mulheres pode gerar frustrações desnecessárias e sentimentos de inadequação.

Valorize sua trajetória, confie no seu próprio processo e respeite os seus limites. Ao acolher a sua vivência com empatia, é possível seguir com mais leveza e segurança na conciliação entre maternidade e carreira.

Mãe sorridente segura o bebê no colo enquanto trabalha em home office, representando a adaptação da rotina com afeto e equilíbrio após a volta ao trabalho.

A conciliação entre maternidade e carreira não é simples, mas com o apoio certo, ela se torna possível. Quando há planejamento, informação e suporte da rede familiar, profissional e social, esse caminho pode ser trilhado com mais segurança e leveza. Ajustes na rotina, compreensão das próprias necessidades e abertura ao diálogo são essenciais nessa jornada.

Além disso, ao se preparar para retornar ao trabalho, considere que esse é um processo em etapas. Confie no seu tempo, acolha os sentimentos que surgirem e valorize cada pequena conquista. Com o tempo, o equilíbrio entre o mundo profissional e a maternidade se torna mais natural e possível.

Por fim, lembre-se de que mudanças estruturais também são parte dessa equação. O engajamento de empresas e da sociedade em geral para promover ambientes mais inclusivos faz toda a diferença.

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