Como é a terceira gravidez? Diferenças e sintomas mais comuns
Não é novidade que nenhum filho é igual ao outro. Da mesma forma, nenhuma gestação acontece do mesmo jeito. As mamães de dois já sabem bem disso! Mas, o que talvez seja novidade é que a terceira gravidez pode ser ainda mais surpreendente.
Quando a mulher acredita que já sabe o que esperar, a terceira gestação mostra que sempre há algo novo para aprender, sentir ou viver. Por isso, neste conteúdo, vamos explicar como é a terceira gravidez na prática, o que a diferencia das anteriores e quais são os sintomas mais comuns dessa fase.
Como é a terceira gravidez?
A terceira gravidez costuma ser vivida de uma forma mais madura e consciente. A mulher já tem experiência com as transformações do corpo, conhece melhor seus limites e entende os sinais da gestação com mais tranquilidade. Essa familiaridade traz segurança e confiança, reduzindo muitas das incertezas que marcam as primeiras gestações.
Ainda assim, cada gravidez é única, e mesmo as mais experientes podem se surpreender com novas sensações físicas e emocionais. Fisicamente, o corpo tende a se adaptar mais rapidamente às mudanças, já que os músculos e ligamentos foram esticados anteriormente. No entanto, isso também pode causar um pouco mais de desconforto, como dores lombares, sensação de peso e cansaço.
Ademais, do ponto de vista emocional, a terceira gestação costuma acontecer em uma fase mais estável da vida, com mais autoconfiança e clareza sobre as prioridades. Ao mesmo tempo, o desafio é equilibrar o cuidado com os filhos mais velhos, o trabalho e o próprio bem-estar. Sendo assim, cada nova gestação traz a chance de reviver a emoção de gerar uma vida, mas agora com um olhar mais sereno e uma sabedoria construída pela experiência.
Quais são os sintomas mais comuns na terceira gravidez?
Com o terceiro bebê a caminho, a mamãe já imagina o que vem por aí em relação aos sintomas. No entanto, embora as duas gestações anteriores sirvam como uma base do que esperar, é importante não se prender às experiências passadas. Afinal, cada gestação é única, mesmo que já tenha sido vivida antes.

Tenha em mente que nem o seu corpo é o mesmo da gravidez anterior, pois ele está em constante transformação, e nem o feto é o mesmo. Trata-se de um novo ser, único e com suas próprias particularidades, que também influenciam essa gestação.
Portanto, o que a mamãe sentiu na gestação anterior, pode não ser o que sentirá nessa. Os sintomas podem ser mais sutis ou mais intensos, tudo depende do processo de cada bebê. Sendo assim, alguns dos sintomas mais comuns que as mamães vivem na terceira gestação, segundo o Instituto Nacional de Saúde da Criança e Desenvolvimento dos Estados Unidos, são:
Sangramento leve
Cerca de 1 em cada 4 gestantes pode apresentar um leve sangramento ou pequenas manchas mais claras do que o sangue menstrual comum. Isso costuma acontecer durante a implantação do óvulo fertilizado, processo que ocorre entre 6 e 12 dias após a concepção, embora também possa ser observado nas primeiras 12 semanas de gestação.
“Às vezes, aquele corrimento rosado que a gente jura ser o início da menstruação pode, na verdade, ser o primeiro sinal de uma nova vida começando, o sangramento de implantação, quando o embrião se fixa na parede do útero.”
Shirley Hilgert, do canal Macetes de Mãe
Cansaço ou fadiga
O aumento da progesterona, hormônio essencial para manter a gestação e estimular o desenvolvimento das glândulas mamárias, é uma das principais causas do cansaço no início da gravidez. Além disso, o corpo passa a bombear mais sangue para nutrir o bebê, o que também contribui para a sensação de fadiga, que pode surgir já na primeira semana após a concepção.
“O sono fora do comum, aquele cansaço que parece impossível de controlar, pode ser um dos primeiros sinais de que algo diferente está acontecendo, muitas mulheres só desconfiam da gravidez quando percebem que o corpo pede descanso muito além do habitual.”
Shirley Hilgert, do canal Macetes de Mãe
Sensibilidade nos seios ou mamilos
Logo nas primeiras 1 a 2 semanas após a concepção, é possível perceber os seios mais sensíveis, inchados ou com leve formigamento. Essas alterações são resultado das mudanças hormonais e podem deixar as mamas mais pesadas e cheias.
“Mamas inchadas, sensíveis e doloridas são facilmente confundidas com sintomas da TPM, mas, muitas vezes, esse desconforto é um dos primeiros sinais de que uma nova gravidez está começando.”
Shirley Hilgert, do canal Macetes de Mãe
Dores de cabeça
Oscilações hormonais intensas nas primeiras semanas podem causar dores de cabeça leves ou moderadas. Porém, em certas situações, pode indicar algo mais sério. Caso a dor apareça de forma repentina, seja muito intensa e não melhore mesmo após o descanso, é fundamental buscar atendimento médico.
“A dor de cabeça é um sintoma muito comum em mulheres grávidas, especialmente no primeiro e terceiro trimestre da gravidez. As causas da dor de cabeça podem variar, mas geralmente estão relacionadas a alterações hormonais, aumento do fluxo sanguíneo e diminuição da pressão arterial.“
Dr. Jonas Bernardes, médico neurologista
Náuseas e vômitos
Conhecido como “enjoo matinal”, embora possa ocorrer em qualquer horário do dia e persistir por parte ou por toda a gestação, alguns sinais exigem atenção especial. Sendo assim, é importante procurar atendimento médico se os vômitos forem persistentes ou estiverem se agravando, especialmente quando acompanhados de dor abdominal.
“Esse tipo de náusea e vômito geralmente tem início por volta da 5ª semana de gestação e sua pior fase ocorre ao redor da 9ª semana. Eles costumam desaparecer entre a 16ª e a 18ª semana. Os sintomas variam de leves a graves.“
Manual MSD
Também merecem preocupação os indícios de desidratação, como redução na quantidade de urina, pouca sudorese, sede excessiva, boca seca, batimentos cardíacos acelerados e tontura ao se levantar.
Alterações de humor
As flutuações hormonais típicas da gravidez podem provocar mudanças repentinas de humor, que geralmente surgem nas primeiras semanas após a concepção.
“Durante a gestação, a mulher vive um verdadeiro turbilhão de emoções – felicidade, ansiedade, medo e insegurança se misturam enquanto os hormônios da progesterona e do estrogênio se intensificam. Mesmo quando o bebê é muito desejado, surgem dúvidas e sentimentos contraditórios, e é nesse momento que o apoio emocional faz toda a diferença para que ela se sinta compreendida e consiga atravessar essa fase com mais leveza.”
Thaiana Filla Brotto, Psicóloga
Aumento da frequência urinária
Nas primeiras fases da gestação, o corpo começa a produzir o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que aumenta o fluxo sanguíneo na região pélvica e faz com que a gestante sinta vontade de urinar com mais frequência.
“É comum que a gestante precise urinar com frequência, inclusive várias vezes durante a noite. Isso acontece porque o corpo produz mais urina, os rins filtram mais, o volume de sangue aumenta e, conforme o útero cresce, a bexiga tem menos espaço para se expandir, tornando esse sintoma quase inevitável desde as primeiras semanas da gravidez.”
Dr. Igor Padovesi, ginecologista
Principais diferenças entre a primeira e a terceira gravidez
Diferentemente dos sintomas, que podem variar bastante, alguns aspectos do corpo da mamãe tendem a se repetir e se tornar mais previsíveis após a primeira gestação. Confira a seguir o que costuma acontecer.
Barriga se desenvolve com mais rapidez
O primeiro deles é a forma como a barriga se desenvolve em cada gravidez. A musculatura e os ligamentos do abdômen tendem a ficar mais frouxos, o que facilita a distensão da região conforme o útero cresce. Por isso, é comum que a barriga apareça mais cedo em uma segunda ou terceira gestação.
“Quando a mulher já gestou, ela tem uma musculatura e ligamentos mais frouxos. Então, conforme o útero vai crescendo, essa musculatura e todos esses tecidos vão cedendo mais facilmente, e a barriga tende a aparecer antes.”
Fisioterapeuta pélvica – Juliana Lucena
Sentir o bebê chutar e mexer mais cedo
Em algumas gestações, é possível perceber os primeiros movimentos do bebê já por volta da 16ª semana. Isso acontece com mais frequência quando a gestante já passou por uma experiência anterior, pois ela reconhece melhor a sensação e sabe o que esperar. Esses primeiros sinais podem incluir pequenas chacoalhadas ou pontadas sutis que indicam que o neném está ativo.
No entanto, se até a 24ª semana você ainda não perceber nenhum movimento, é fundamental entrar em contato com sua parteira ou com a maternidade, para que possam avaliar a saúde do bebê e verificar os batimentos cardíacos, garantindo assim que tudo esteja se desenvolvendo normalmente.
Menos desconforto nas mamas
Agora, para quem percebeu que os seios ficaram muito sensíveis ou doloridos na primeira e segunda gestação, nesta gravidez, eles podem não aumentar tanto de tamanho nem causar tanto desconforto.
Além disso, se você ainda estiver amamentando seu filho mais velho, é possível continuar a fazê-lo durante a gestação. Pesquisas indicam que, para a maioria das mulheres, amamentar enquanto está grávida é seguro e não eleva o risco de aborto espontâneo ou parto prematuro.
Dores e recuperação mais intensos
Após o parto, é comum sentir cólicas mais intensas. Elas são provocadas pelas contrações do útero, que retorna gradualmente ao tamanho e à posição que tinha antes da gestação. Para aliviar essas cólicas, é útil manter a bexiga vazia, utilizar anti-inflamatórios (quando indicado pelo médico) e massagear suavemente a parte inferior do abdômen. Algumas mães também encontram alívio com o uso de uma bolsa térmica.

A recuperação no pós-parto também pode ser mais lenta do que na primeira ou segunda gestação. Pois, muitas mulheres começam a gravidez com um peso maior e com músculos abdominais mais enfraquecidos, além de precisarem cuidar dos filhos, o que dificulta encontrar tempo para se exercitar.
Ainda assim, a prática de exercícios após o parto continua sendo fundamental, tanto para recuperar o tônus muscular quanto para manter a saúde mental. Caminhadas com o pequeno e sessões curtas de fortalecimento em casa, de cinco a dez minutos, enquanto os filhos descansam, podem fazer uma grande diferença nesse processo.
Requer cuidados especiais
Também é importante manter a atenção aos cuidados com a saúde, especialmente se houve diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG) na primeira gravidez. De acordo com uma pesquisa publicada na American Journal of Obstetrics and Gynecology, as chances de desenvolver novamente o quadro aumentam em uma gestação seguinte.
Outrossim, o estudo revelou que mulheres que já tiveram DMG apresentam um risco 41,3% maior de desenvolver a condição em uma nova gravidez. Entre aquelas que não enfrentaram o problema anteriormente, a probabilidade de ocorrência é de 4,2%. Por isso, é essencial manter o acompanhamento com seu médico de confiança e realizar o pré-natal da forma certa para evitar qualquer tipo de complicação.
7 dicas para viver a terceira gravidez de forma tranquila
A espera do terceiro bebê não precisa ser uma jornada complicada. Pelo contrário, pode ser um momento de aprendizado, autoconhecimento e leveza. Pensando nisso, reunimos 7 dicas práticas para tornar essa fase ainda mais tranquila e prazerosa. Confira a seguir:
7. Adote medidas preventivas
Se a mamãe enfrentou dificuldades em gestações anteriores, esta é uma ótima oportunidade para fazer diferente. Cada nova gravidez traz a chance de aprender com as experiências passadas e adotar hábitos que proporcionem mais bem-estar.

Por exemplo, se na gestação anterior houve episódios de constipação ou hemorróidas, é possível iniciar desde cedo medidas preventivas, como manter uma alimentação rica em fibras, ingerir bastante água e praticar atividades físicas leves, sempre com orientação médica.
6. Aproveite o momento
A primeira gestação costuma ser um período cheio de apreensão, em que cada cuidado é pensando no bebê que está chegando. Nas gestações seguintes, especialmente na segunda ou terceira, é importante preservar sua energia, tanto física quanto emocional.
Por já ter passado por essa experiência e estar cuidando de outros filhos, é natural que as emoções não sejam tão intensas quanto da primeira vez. Isso, porém, traz uma vantagem: você chega mais confiante e preparada.
5. Alimente-se de forma saudável
Filhos pequenos exigem bastante atenção, ainda mais quando são dois ou mais, mas isso não deve fazer você negligenciar os cuidados consigo mesma. Mantenha uma alimentação equilibrada e faça suas refeições em horários regulares.
Segundo o Portal da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, gestantes com níveis normais de hemoglobina precisam consumir diariamente 30 miligramas de ferro. Por isso, procure incluir no dia a dia alimentos ricos em ferro, como cereais integrais, carnes, frango, feijão e verduras como o espinafre, garantindo nutrição adequada para você e para o bebê.
4. Prepare os outros filhos
É importante envolver os irmãos mais velhos desde o início da preparação para a chegada do novo bebê. Converse com eles sobre as mudanças que estão por vir, explique o que cada um poderá esperar e pergunte a opinião deles sobre pequenas decisões do dia a dia.

Esse cuidado ajuda a criar vínculo, faz com que se sintam incluídos e reduz ciúmes, tornando a chegada do novo membro da família uma experiência mais positiva para todos.
Ademais, o melhor momento para preparar os filhos para a chegada de um novo bebê é quando a gestação já está mais estável e visível, geralmente a partir do segundo trimestre. Nessa fase, a criança consegue compreender melhor o que está acontecendo e tem tempo suficiente para se adaptar à ideia de ganhar um irmão.
3. Planeje o orçamento familiar
Independente de qual gravidez estiver, é fundamental garantir que o bebê tenha tudo o que precisa para crescer saudável e feliz. Por isso, organize seu orçamento de modo a suprir todas as necessidades do novo integrante da família.
Um benefício de estar na terceira gravidez é a experiência acumulada com fraldas. Você já sabe como calcular a quantidade ideal e está mais prática na hora de trocar, tornando o dia a dia mais tranquilo.
2. Faça o pré-natal
Mesmo com a experiência de gestações anteriores, é fundamental não deixar os cuidados de lado. Realizar o pré-natal de forma completa e dentro dos prazos recomendados garante que você e o bebê recebam toda a atenção médica necessária.

Consultas regulares, exames e orientações profissionais ajudam a prevenir complicações, acompanham o crescimento saudável do feto e proporcionam mais segurança e tranquilidade para toda a família.
1. Comece a planejar a nova rotina
Com a chegada de um novo bebê, a rotina da casa muda bastante, e um bom planejamento faz toda a diferença. Organize horários de alimentação, sono e atividades, e divida as tarefas entre os membros da família sempre que possível.
Assim, cada filho se sente incluído e a casa funciona de forma mais tranquila. Planejar com antecedência ajuda a reduzir o estresse e ainda garante momentos de atenção e carinho para todos, incluindo o mais novo membro da família.
Quais as complicações que podem ter na terceira gestação?
A terceira gestação, apesar de muitas vezes ser vivida com mais segurança e experiência, pode trazer alguns desafios específicos que merecem atenção. O corpo já passou por mudanças significativas nas gestações anteriores, o que pode resultar em maior frouxidão dos músculos abdominais e do assoalho pélvico, aumentando o risco de desconfortos como dores lombares, incontinência urinária e varizes.
E, como citamos acima, se houve diagnóstico de diabetes mellitus gestacional (DMG) na primeira gravidez, as chances de desenvolver novamente o quadro aumentam em uma gestação seguinte. Isso porque, mulheres que já tiveram DMG apresentam um risco 41,3% maior de desenvolver.
Ademais, se a mulher é saudável e não apresentou complicações nas gestações anteriores, o risco de problemas tende a ser baixo. Porém, quem já enfrentou situações como parto prematuro, pré-eclâmpsia ou descolamento de placenta deve manter vigilância redobrada, pois há maior probabilidade de repetição dessas condições. Além disso, o surgimento de doenças crônicas, como hipertensão, obesidade ou diabetes adquiridos após a última gestação, também eleva o risco de complicações.
Sendo assim, manter um pré-natal rigoroso e individualizado é fundamental para prevenir complicações e garantir uma gestação saudável. Consultas regulares, alimentação equilibrada, prática de exercícios leves e acompanhamento médico especializado ajudam a controlar fatores de risco e promover o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.

A terceira gravidez é uma fase repleta de aprendizados, maturidade e amor. Com a experiência das gestações anteriores, a mamãe se sente mais segura, confiante e consciente das próprias necessidades. Esse conhecimento permite que viva cada etapa com mais serenidade, valorizando o vínculo familiar e cuidando de si mesma com mais equilíbrio.
Ademais, com o acompanhamento médico adequado e uma rotina voltada ao bem-estar, essa nova jornada pode ser ainda mais gratificante. A chegada do terceiro bebê renova laços, fortalece o afeto entre os membros da família e mostra que cada gestação é única, trazendo novas descobertas e emoções
Gravidez, maternidade e Laleblu: Apoio completo para mães e bebês
A gravidez e a maternidade são fases incríveis e transformadoras na vida de uma mulher. Durante esse período, diversas mudanças ocorrem tanto no corpo quanto na mente da gestante, e a preparação para a chegada do bebê também envolve a busca por produtos e acessórios que garantam o conforto, a segurança e o bem-estar tanto da mãe quanto do recém-nascido.
A Laleblu, como uma loja de produtos para bebês, desempenha um papel fundamental nesse processo ao oferecer uma variedade de itens essenciais para cada fase. Desde roupinhas confortáveis até produtos como mantas, babadores, fraldas, acessórios, itens de cuidados, entre outros.
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