Vida Intrauterina: Os bebês dormem e sonham no ventre materno?
O desenvolvimento do bebê durante a gestação é um processo fascinante e repleto de descobertas, despertando a curiosidade de cientistas, pais e profissionais da saúde.
Durante os nove meses no útero materno, o feto passa por transformações extraordinárias que envolvem a formação de órgãos, sentidos e padrões comportamentais. Dentre esses aspectos, o sono intrauterino se destaca como um fenômeno intrigante.
Neste post, vamos explorar detalhadamente como funciona o ciclo do sono dentro do útero, como ele contribui para o desenvolvimento neurológico do feto e quais são os impactos desse processo na saúde e no bem-estar do recém-nascido.
Como funciona o sono intrauterino?
Desde as primeiras semanas de gestação, o feto passa por um desenvolvimento acelerado, formando estruturas cerebrais que são essenciais para diversas funções cognitivas. A partir da 20ª semana de gestação, os bebês já apresentam ciclos de vigília e descanso, evidenciando um ritmo biológico que se tornará cada vez mais definido conforme a gravidez avança.

A partir da 25ª semana, os movimentos oculares começam a se tornar mais ativos, sugerindo que o cérebro já está exercitando padrões de sono mais sofisticados. Entre a 28ª e a 30ª semana, os fetos já demonstram fases distintas do sono, incluindo o sono REM (Movimento Rápido dos Olhos), essencial para o desenvolvimento cerebral e para o aprimoramento de conexões neurais que serão fundamentais após o nascimento.
Durante essa fase, os ciclos de sono do neném já apresentam variações previsíveis, alternando entre períodos de maior e menor atividade. Essas fases são observadas por meio de ultrassonografias, onde é possível notar mudanças nos padrões respiratórios e movimentos corporais que indicam estados diferentes de repouso e atividade cerebral intensa.
O que acontece no cérebro do feto enquanto ele dorme?
Como já abordamos acima, durante o sono intrauterino, o cérebro do bebê está em plena atividade, consolidando informações e estruturando conexões neurais essenciais para o aprendizado futuro. E, o sono REM, que se torna predominante nas últimas semanas de gestação, é conhecido por estar relacionado aos sonhos e à memória.
Por fim, embora seja difícil afirmar com precisão o que um feto pode “sonhar” dentro do útero, acredita-se que ele processa sons e sensações vindas do ambiente externo, como a voz da mãe e os batimentos cardíacos.
Afinal, os nenéns sonham ou não no ventre materno?
A ideia de que os bebês podem sonhar antes mesmo de nascer é fascinante e desperta curiosidade em qualquer pessoa. Porém, embora ainda não haja uma resposta definitiva, estudos sugerem que os fetos experimentam algo semelhante ao sonho.
Eles sonham com sensações e sons do seu dia-a-dia, mas não com imagens bem definidas.
Regina Chu Carvalho psicanalista da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
No entanto, diferentemente dos sonhos adultos, que são compostos por imagens, narrativas e eventos complexos, os “sonhos” intrauterinos são mais primitivos, baseando-se em sensações, sons e estímulos do ambiente.
Por exemplo, os batimentos cardíacos, voz materna, ruídos intestinais e vibrações externas podem compor um ambiente sensorial que influencia essas percepções. Dessa forma, o que pode ser considerado um “sonho” intrauterino pode, na realidade, ser um reflexo do processamento dessas sensações no cérebro em desenvolvimento do bebê.
Fatores que influenciam o sono do bebê no útero
Vários fatores podem afetar a qualidade do sono intrauterino, incluindo o estresse materno, a alimentação da gestante e a exposição a sons e luzes externas. Quando a mãe está relaxada e em um ambiente tranquilo, o pequeno tende a ter ciclos de sono mais estáveis. Por outro lado, momentos de ansiedade e agitação podem influenciar os padrões de descanso, alterando seu ritmo de atividade.
[…] A glândula suprarrenal pode secretar algumas substâncias no sangue, como cortisol ou adrenalina, que são capazes de fazer com que o organismo se altere, o que causaria algum tipo de sintoma, como aumento da pressão arterial ou dos batimentos cardíacos, sudorese, alterações do sono, entre outros.
Cynthia Boscovich psicóloga e psicanalista
Além disso, esses momentos de estresse podem levar a alterações nos ciclos do sono REM, a fase do sono associada à consolidação da memória e aos sonhos. Logo, quando a mãe passa por períodos prolongados de tensão, há um aumento na liberação de hormônios como o cortisol, que podem atravessar a placenta e impactar o desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.
Dessa forma, essas alterações podem causar ciclos de sono mais irregulares e, possivelmente, sensações desconfortáveis que, em bebês já nascidos, seriam interpretadas como “pesadelos”.
Qual a importância desse ato para o desenvolvimento fetal?
O sono intrauterino desempenha um papel crucial na formação do sistema nervoso e no crescimento do bebê. Durante esse período de descanso, o organismo fetal regula a produção de hormônios essenciais para o desenvolvimento.
Além disso, esse sono é indispensável para o amadurecimento do sistema imunológico, ajudando a preparar o bebê para enfrentar desafios externos após o nascimento. Outro aspecto relevante é o aprimoramento das conexões entre as células cerebrais.

Por fim, um padrão de sono adequado ainda no útero também pode ser um fator determinante para o estabelecimento dos ritmos circadianos, preparando o recém-nascido para uma transição mais tranquila entre os períodos de vigília e descanso nos primeiros meses de vida.
A influência desse sono na vida pós-natal
Os hábitos de sono do neném dentro do útero exercem uma influência significativa na rotina de descanso após o nascimento. Pois, recém-nascidos que apresentaram ciclos de sono bem estabelecidos durante a vida intrauterina tendem a desenvolver padrões mais regulares e estáveis nos primeiros meses de vida.
Logo, esse fenômeno está diretamente relacionado à forma como o cérebro aprende a diferenciar momentos de atividade e repouso, contribuindo para o estabelecimento dos ritmos circadianos desde antes do nascimento. Além disso, a qualidade do sono intrauterino pode impactar a capacidade do bebê de se adaptar a ciclos de vigília e descanso no ambiente externo.
Por isso, criar um ambiente sereno para a gestante, com rotinas relaxantes e estímulos auditivos suaves, como músicas tranquilas e a voz materna, pode facilitar essa transição. Por fim, esse cuidado pode reduzir os períodos de inquietação noturna nos primeiros meses e favorecer um desenvolvimento neurológico saudável.

Em conclusão, o sono intrauterino é um dos aspectos mais fascinantes do desenvolvimento fetal, desempenhando um papel essencial na formação do sistema nervoso e na preparação do bebê para o mundo exterior.
Embora ainda haja muitas pesquisas a serem feitas sobre os “sonhos” dos bebês no ventre materno, sabemos que o descanso adequado é fundamental para seu crescimento e bem-estar.
Logo, entender como funciona o sono no útero e como ele influencia a vida pós-natal pode ajudar futuras mães a proporcionarem um ambiente mais tranquilo e acolhedor durante a gestação, promovendo uma base saudável para o desenvolvimento infantil.
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