Bebê brincando que está falando por ligação no celular.

Descubra 11 formas de incentivar o bebê a falar naturalmente

O momento em que o bebê pronuncia suas primeiras palavras é muito esperado pelos pais. Para estimular esse desenvolvimento, existem diversas formas de incentivar o bebê a falar naturalmente. Esse processo é indicado não apenas para a comunicação verbal, mas também para o aprendizado como um todo.

O estímulo deve começar já nos primeiros meses de vida, promovendo não apenas a fala, mas também o desenvolvimento cognitivo e emocional do bebê. Neste texto, apresentaremos 11 formas de incentivar o bebê a falar naturalmente, respeitando o seu ritmo e tempo de aprendizado.

Como ocorre o desenvolvimento da fala?

A primeira forma de comunicação do bebê é por meio do choro logo após o nascimento. A neuropediatra, Dra. Paula Girotto, explica que a partir desse momento, o pequeno começa a observar tudo ao redor e a compreender que, ao chorar, consegue comida, carinho e atenção. Então, nesse primeiro momento, utiliza essa ação como forma de se comunicar.

Com o passar dos meses, o bebê já começa a compreender um pouco mais. A evolução da fala acontece de forma gradual, passando por etapas próprias de cada fase da infância. Dos primeiros sons e balbucios até a formação de frases mais elaboradas, cada momento desse percurso é fundamental para o crescimento e aprimoramento da linguagem da criança.

IdadeMarcos da fala
6 a 12 mesesBalbucios repetitivos, como “ba-ba” ou “ma-ma”.
12 a 18 mesesPrimeiras palavras reconhecíveis, como “mamãe” ou “papai”.
18 a 24 mesesAumento do vocabulário, com duas ou três palavras sendo usadas em conjunto.
2 a 3 anos Frases simples de duas a três palavras.
4 anosFrases mais complexas e desenvolvimento da gramática.

Fonte: Neurologista infantil, Dra. Claudia Pechini

Bebê deitado olhando e apontando para cima enquanto pai observa e brinca.

Como identificar atrasos na fala e quais as possíveis causas?

A neurologista infantil, Dra. Claudia Pechini, explica que embora cada criança tenha o seu próprio ritmo de aprendizagem, ele geralmente ocorre dentro ou próximo do tempo que apresentamos no quadro acima. Então, é importante ficar atento a alguns sinais que fujam desse período, como:

  • Não apresentar balbucios ou sons até completar 1 ano de idade;
  • Pouco avanço na formação e combinação de palavras depois dos 18 meses;
  • Fala difícil de compreender mesmo após os 2 anos;
  • Problemas para acompanhar instruções simples do dia a dia;
  • Demonstrar muita frustração ao tentar se comunicar.

Além disso, entre as causas mais comuns dos atrasos de fala em bebês estão:

  • Histórico familiar de atrasos na fala, indicando influência genética;
  • Alterações auditivas, como a perda de audição;
  • Condições de saúde, como o autismo ou a Síndrome de Down;
  • Convivência em um ambiente com pouca estimulação e exposição à linguagem.

Quando devo procurar ajuda?

Se houver suspeita de que o bebê esteja apresentando atraso no desenvolvimento da fala, como os que citamos acima, é fundamental buscar orientação profissional o quanto antes, garantindo mais recursos de acompanhamento e estratégias para lidar com a situação.

Um neuropediatra ou um fonoaudiólogo pode avaliar a evolução da linguagem e indicar as intervenções adequadas, quando necessário. Quanto mais cedo o atraso for identificado e trabalhado, maiores são as chances de avanço e bons resultados.

11 formas de incentivar o bebê a falar

O estímulo é essencial para que o bebê comece a falar. A fonoaudióloga Juliana Trentini explica que o aprendizado da fala não é genético, ou seja, depende de influências externas. Sendo assim, um bebê que não tiver contato com nenhuma língua não aprenderá a falar sozinho.

O potencial da linguagem é genético, é da nossa espécie. Mas a parte prática da coisa, ela é aprendida em sociedade. Ela é aprendida culturalmente, ela é aprendida em conjunto com o mútuo. Então o bebê aprendia a falar quando a gente fala com ele.

Fonoaudióloga Juliana Trentini

Por isso, é primordial que a família incentive essa ação e promova formas de interação que facilitem o aprendizado. A seguir, apresentamos algumas delas:

11. Narre as atividades

Uma maneira divertida de estimular a fala do bebê desde os primeiros meses é transformar os momentos do dia em pequenas histórias narradas. Durante a rotina, vá falando tudo o que está fazendo, descrevendo cada passo com detalhes.

Por exemplo, na hora de vestir, diga que agora vai colocar a calça amarela, depois a blusa branca e, em seguida, as meias coloridas. Durante o banho, vá narrando que está molhando o cabelo, passando o sabonete, enxaguando e depois envolvendo o bebê na toalha. Nas refeições, fale sobre os nomes dos alimentos e as suas cores. O mesmo nas brincadeiras, associe o brinquedo ao seu nome.

Ao fazer isso em todas as atividades você ajuda o bebê a associar palavras com ações e objetos. Dessa forma, com o tempo, ele vai compreendendo os sons referentes a cada coisa, mesmo que ainda não consiga reproduzir.

10. Leia para o bebê

Ler para os bebês é outra maneira eficiente de ajudá-los a desenvolver a fala. Quando você pronuncia as palavras corretamente e interage com a história, usando diferentes entonações e expressões faciais para os personagens, o vocabulário da criança cresce naturalmente, e ela começa a perceber os sons, ritmos e cadências da fala.

De acordo com um estudo, pais leem diariamente um livro ilustrado para os filhos, expõem a criança a cerca de 78 mil palavras novas por ano. Se esse hábito é mantido desde cedo, até a entrada no jardim de infância estima-se que elas tenham ouvido aproximadamente 1,4 milhão de palavras a mais, só durante a leitura de histórias, em comparação com aquelas que não têm esse contato.

Ou seja, essa diferença de vocabulário acumulado mostra o quanto a leitura regular pode impactar o desenvolvimento da linguagem.

Além disso, a leitura desperta atenção e curiosidade e ajuda o bebê a reconhecer emoções, o que também contribui para a comunicação e para o fortalecimento do vínculo entre os pais e a criança. Por isso, reserve um tempo sempre que possível para ler. Essa prática simples ajuda o bebê a ouvir, repetir e, aos poucos, começar a falar.

Mãe com a bebê no colo lendo um livro para ela.

9. Escute música

Música também é uma forma divertida de estimular a fala do bebê. Quando você canta musiquinhas infantis ou coloca outras cantigas que ele gosta, o bebê começa a perceber os sons, os ritmos e a entonação das palavras.

Mesmo que, no começo, ele apenas imite a melodia ou a entonação, esse processo já é um aprendizado importante da linguagem. Segundo um estudo, há indícios de que a exposição informal à música no ambiente doméstico pode influenciar positivamente o desenvolvimento de habilidades linguísticas mais avançadas em crianças de 3 a 4 anos.

Por isso, incentive-o a repetir palavras, frases ou sons, acompanhando com gestos, expressões faciais e movimentos.

8. Nomeie os itens do dia a dia

Para ajudar o bebê a desenvolver a fala e construir seu vocabulário, vá nomeando os objetos que você está usando ao longo do dia, dizendo, por exemplo, “cama”, “celular”, “brinquedo” ou “roupa”. Diferentemente da narrativa, essa estratégia foca mais nos itens isolados e não tanto nas funções feitas com ele.

Mostre cada item, permita que ele toque e explore, e pergunte de forma simples qual é o nome daquilo, mesmo que ele ainda não consiga responder. Esse contato constante com palavras associadas a objetos do cotidiano ajuda o bebê a reconhecer os sons, associar nomes às coisas e, aos poucos, começar a repetir as palavras, ampliando seu vocabulário de maneira natural e divertida.

7. Imite animais

Outra maneira divertida e interativa de estimular a fala do bebê é imitar os sons dos animais. Durante a brincadeira, diga o nome do animal e reproduza o som correspondente, como “cachorro faz au-au” ou “gato faz miau”, e observe se o bebê tenta imitar com você.

Essa prática ajuda o bebê a perceber diferentes sons, melhora a pronúncia e exercita a memória, enquanto ele se diverte repetindo os barulhos e associando cada som ao animal correto. Quanto mais você repetir e interagir, mais o bebê se envolve e começa a reproduzir as palavras e os sons, dando os primeiros passos na construção da fala.

Pai conversando com bebê que está sentado no sofá.

6. Utilize onomatopeias

Assim como imitar os animais, reproduzir onomatopeias é outra forma de introduzir sons que podem ser mais facilmente reproduzidos pelo bebê do que palavras. Essas palavras imitam sons do dia a dia, como o “bi-bi” de uma buzina ou o “atchim” de um espirro, e ajudam a criança a associar sons a palavras.

Durante a brincadeira, diga a onomatopeia em voz alta, imite o som com gestos ou expressões faciais, e observe se o bebê tenta repetir. Esse contato constante com os sons e suas representações em palavras também colabora para a memorização e estimulá-lo a reproduzir os barulhos.

5. Esteja atento e encoraje

Antes de conseguir falar, o bebê já encontra maneiras de expressar seus desejos. Ele pode estender os braços para pedir colo, entregar um brinquedo para convidar alguém a brincar ou empurrar a comida para mostrar que está satisfeito.

Nesses momentos, sorria, faça contato visual e responda de forma atenciosa, mostrando que você entende o que ele quer comunicar. Além disso, é importante parabenizá-lo por suas tentativas de falar. Quando os pais reconhecem e encorajam essas primeiras tentativas, o bebê se sente motivado a continuar experimentando sons e palavras.

Mãe sorridente segurando bebê enquanto ele emite balbucios.

4. Converse com o bebê

Na fase em que o bebê ainda balbucia, é muito importante conversar com ele, pronunciando as palavras corretamente, mas também balbuciar junto. Quando você responde ao balbucio do bebê, seja repetindo sons ou usando palavras, ele percebe que está obtendo uma resposta, o que o incentiva a continuar se expressando.

O bebê tende a copiar os sons que os pais fazem, ajustando o tom e a entonação para se aproximar da linguagem falada ao seu redor. Por isso, vale tirar um tempinho todos os dias para “conversar” com ele, prestando atenção aos sons que produz, respondendo e interagindo, faz com que ele melhore cada vez mais.

3. Complete as palavras

Logo no começo do aprendizado das primeiras palavras, é normal que ele tenha dificuldade em se lembrar delas. Uma maneira de ajudá-lo é pronunciar apenas uma parte da palavra e esperar que ele complete. Por exemplo, você pode dizer “bo…” e esperar que ele complete “bola”, ou “ca…” para que ele diga “cachorro”.

Esse tipo de prática não apenas incentiva o raciocínio e a memória, mas também ajuda a criança a perceber a estrutura das palavras, reforçando o vocabulário de forma natural e gradual. Além disso, cada tentativa deve ser celebrada com atenção, sorriso e encorajamento. Com o tempo, essa brincadeira pode se tornar um exercício diário, em que a criança vai se sentindo cada vez mais confiante para repetir sons.

No dia a dia os pais podem contribuir bastante ao pronunciar as palavras de forma clara e ao usar expressões faciais visíveis. Movimentos da boca bem marcados e mudanças de expressão ajudam o bebê a entender melhor os sons e facilitam a pronúncia futura.

Pai e mãe deitados no chão com o bebê incentivando a fala.

2. Movimente a boca e use expressões faciais

Uma pesquisa identificou que entre 4 e 8 meses, os bebês focam mais na boca da pessoa que fala, independentemente da língua. No entanto, aos 12 meses, essa atenção muda: eles começam a olhar mais para os olhos quando escutam a fala na língua nativa, mas continuam a olhar para a boca quando a fala é em uma língua não nativa.

Isso sugere que, com o tempo, os bebês ajustam sua atenção visual para otimizar a aprendizagem da fala, priorizando pistas visuais mais relevantes para a língua que estão aprendendo.

Sendo assim, durante os primeiros anos de vida, eles aprendem rapidamente que o comportamento das pessoas ao redor transmite informações importantes, e essa observação constante contribui tanto para a comunicação quanto para o entendimento emocional.

1. Abaixe para falar

Procure sempre se colocar na altura da criança ao falar com ela. Estabelecer contato visual é essencial para que a criança compreenda o que está sendo pedido e, ao mesmo tempo, se sinta acolhida e compreendida.

Abaixar-se até o nível dos olhos do bebê é uma das maneiras mais eficazes de criar essa conexão. Quando o adulto se posiciona dessa forma, demonstra atenção total e interesse pelo que a criança está fazendo ou tentando comunicar.

Outra forma de despertar a atenção do bebê é chamando-o pelo nome no início da conversa, reforçando que a interação é dirigida a ele. Esse tipo de envolvimento traz benefícios para a autoestima da criança, fazendo com que ela se sinta amada, cuidada e protegida.

Conforto e Amor para o Desenvolvimento do Seu Bebê

O aconchego de uma roupa confortável é o primeiro passo para fortalecer os laços afetivos com seu bebê. Na Laleblu, cada peça é feita para transmitir segurança, acolhimento e muito carinho em cada fase do crescimento.

Sendo assim, vestir seu neném com amor é também apoiar seu desenvolvimento, seja físico ou emocional, como um todo, criando um ambiente de confiança e felicidade. Escolha quem entende o poder dos pequenos gestos e transforme cada momento em um abraço de ternura.

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