Refluxo em bebês: causas, sintomas e medidas para alívio
Quando os bebês passam a ter episódios frequentes de regurgitação através da boca (e até mesmo do nariz), isso muitas vezes acaba se tornando um motivo de preocupação para os pais. Os cuidadores podem ficar assustados e recorrer ao atendimento médico, mas o refluxo em bebês, na verdade é muito comum, e na maioria das vezes não se trata de algo preocupante, já que desaparece com o tempo.
O refluxo em bebês acontece quando o conteúdo do estômago retorna para o esôfago e outras áreas, como a boca. É um evento comum nos primeiros meses de vida do bebê, relacionada à regurgitação (popularmente conhecida como golfada), e que raramente causa sintomas graves. Em bebês de até dois meses, as golfadas podem acontecer duas ou mais vezes por dia. A melhora acontece de maneira espontânea, e está relacionada ao crescimento e desenvolvimento da criança.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre esse tema, preparamos o artigo a seguir, onde você poderá conferir as causas e os sintomas do refluxo em bebês, e quais medidas deve tomar para aliviá-lo. Confira!
O que provoca refluxo em bebês?
Ao ingerir um alimento, ele entra pela boca, passa pela faringe e pelo esôfago e chega ao estômago. Entre o esôfago e o estômago há uma estrutura chamada de esfíncter inferior do esôfago, que funciona como uma válvula, abrindo passagem para o alimento e fechando-se em seguida.
Na maioria das vezes, esse esfíncter não se fecha completamente, e, ocasionalmente, pode acabar permitindo que o conteúdo do estômago retorne para o esôfago. Essa condição é chamada tecnicamente de refluxo gastroesofágico (RGE), um evento que é fisiológico, e, portanto, considerado normal.
O refluxo ocorre em crianças desde o nascimento e em adultos saudáveis, mas costuma ser mais frequente em bebês pequenos porque eles se alimentam com frequência e estão quase sempre no momento pós-refeição. Além disso, nos primeiros meses de vida o bebê passa muito tempo deitado e tem uma alimentação exclusivamente líquida, ingerindo uma grande quantidade de leite.
Outra condição que favorece a ocorrência de refluxo em bebês pequenos é a imaturidade da região do esfíncter esofágico inferior, que, como vimos acima, controla a abertura e o fechamento da passagem dos alimentos. Outras causas menos frequentes podem estar relacionadas a dificuldades na digestão, intolerância ou alergia a algum alimento.
De maneira geral, o refluxo é considerado uma condição normal até os 6 meses de idade, e tende a diminuir com a introdução alimentar e o desenvolvimento da criança. Continue a leitura para descobrir se o bebê está com refluxo.
Como identificar o refluxo em bebês?
A maioria dos bebês pequenos tem episódios frequentes de regurgitação, que acontecem por meio das chamadas “golfadas” através da boca e, às vezes, do nariz. As “golfadas” geralmente são em pouca quantidade, e acontecem sem que o bebê precise fazer esforço. Além disso, o refluxo em bebês não costuma apresentar outros sintomas.
Essa condição tem baixo risco de complicações, não requer tratamento e também não costuma causar qualquer tipo de transtorno ao bebê. Por outro lado, pode ser um motivo de preocupação quando a frequência, a duração e a quantidade do material expelido são elevadas e associam-se a alguns sintomas.
Alguns dos sinais de alerta são recusa alimentar, sangramento digestivo, dificuldade respiratória, episódios de bradicardia (redução do ritmo cardíaco), anemia, irritabilidade excessiva, ganho de peso insatisfatório e choro constante.
Essas manifestações clínicas não fazem parte do refluxo fisiológico natural (RGE) do qual falamos anteriormente. Elas podem, na verdade, estar associadas a uma condição um pouco mais complexa, chamada de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que pode ocasionar problemas respiratórios (afetando pulmão, garganta e ouvidos).
Como esses sintomas também podem ser causados por outras enfermidades, cabe ao pediatra analisar quais são os tratamentos mais apropriados para cada paciente e orientar a família a respeito.
Na maioria das vezes, os episódios de regurgitação em bebês começam a ficar mais evidentes a partir do segundo mês de vida, e diminuem gradual e espontaneamente, à medida que os alimentos sólidos vão sendo inseridos em sua dieta.
Uma alimentação saudável e rica em fibras contribui para o funcionamento mais adequado do trato gastrointestinal, incluindo os processos digestivos que ocorrem no estômago. A condição geralmente se resolve até os 2 anos de idade, mas se você está em busca de algumas dicas para prevenir ou amenizar o refluxo do bebê, confira o tópico a seguir.
Como evitar o refluxo em bebês
Para evitar o refluxo em bebês, é importante adotar uma abordagem cuidadosa em relação à alimentação e à posição durante e após as refeições. Em primeiro lugar, é recomendável alimentar o bebê em pequenas quantidades e mais vezes ao dia, evitando sobrecarga no sistema digestivo do bebê.
A escolha de fórmulas ou leite materno deve ser feita com atenção e recomendação médica, pois algumas crianças podem ter restrições a serem observadas. É essencial manter o bebê em uma posição vertical durante a alimentação e por pelo menos 30 minutos após mamar, pois a gravidade ajuda a diminuir o risco de regurgitação.
Ajustar o ambiente de sono do bebê pode ser benéfico na prevenção do refluxo noturno. Colocar o bebê para dormir em um leve ângulo, com a cabeceira do berço levemente elevada em relação aos pés, pode reduzir a probabilidade de ácido gástrico subir para o esôfago.
Contudo, é crucial consultar um pediatra antes de implementar quaisquer mudanças, já que cada bebê é único e as soluções podem variar. Ao adotar uma abordagem personalizada e atenta às necessidades específicas do seu bebê, os pais podem ajudar a minimizar o desconforto associado ao refluxo e promover um desenvolvimento saudável para o pequeno.
O que fazer quando o bebê tiver refluxo?
Algumas medidas básicas podem ser de grande ajuda para resolver o problema do refluxo em bebês pequenos. Muitas crianças vivem seu primeiro ano de vida com essa condição, sem necessariamente precisar recorrer a nenhum tipo de tratamento.
Há alguns cuidados simples com a posição do bebê e as técnicas de alimentação que podem fazer toda a diferença. Os cuidados com a alimentação incluem o incentivo ao aleitamento materno, com a implementação de técnicas adequadas para a mamada para prevenir a entrada de ar pela boca. Procure manter o bebê inclinado na hora de mamar, com a cabeça mais alta que o tronco.
A introdução alimentar complementar ao aleitamento materno deve ser feita a partir dos 6 meses de idade, com alimentos pastosos e sólidos. Evite oferecer leite de vaca integral no primeiro ano de vida.
Há também algumas orientações específicas para serem colocadas em prática após a alimentação, como aguardar pelo menos 30 minutos antes de deitar o bebê para dar tempo dele arrotar e evitar balançá-lo. Evite dar banho e trocar a fralda logo após as mamadas.
Além disso, também é interessante evitar deixar o bebê chorando por muito tempo, e dar preferência a roupas que não apertem a região da barriga. Você também pode experimentar colocar um calço de 10 cm para manter a cabeceira do berço elevada em cerca de 30 graus – assim, a cabeça e o tórax ficam um pouco mais elevados, ajudando a prevenir o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago.
Muito se fala sobre a posição mais adequada para o sono dos bebês que têm refluxo. Antigamente, acreditava-se que a melhor posição para dormir seria a prona (de barriga para baixo), com a cabeceira levemente elevada.
Na década de 90, no entanto, a Academia Americana de Pediatria passou a recomendar que lactentes não durmam nessa posição, pois há aumento no risco de morte súbita.
Sendo assim, mesmo os bebês que têm refluxo devem dormir de barriga para cima, já que essa posição ajuda a reduzir o risco de morte súbita em crianças. A explicação para isso é que quando elas estão de barriga para cima e regurgitam, o leite retorna para o estômago e há menos riscos de que seja aspirado para o pulmão.
Outras dicas importantes envolvem não manter a criança próxima de pessoas que fumam (já que há indicativos de que mesmo o fumo passivo possa piorar o refluxo) e evitar a superalimentação (alimentar o bebê em excesso). Pode ser difícil identificar quando o bebê está sendo alimentado em excesso, mas quando isso acontece ele geralmente fica com leite escorrendo pela boca.
Demais recomendações podem ser concedidas pelo médico pediatra de acordo com cada caso. Em determinadas circunstâncias, algumas fórmulas especializadas podem ser recomendadas pelo profissional, como as denominadas de anti-regurgitação (AR).
Mas se o bebê estiver ganhando peso adequadamente e não apresentar outros sintomas, o refluxo por si só não deve ser considerado um motivo para preocupação, já que esse é um processo fisiológico, que se resolve de maneira espontânea e sem precisar de tratamento.
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