Amamentação bem-sucedida: dicas para lidar com desafios comuns
Quando realizada de maneira adequada, a amamentação oferece diversos benefícios para a mãe e para o bebê, já que o leite materno é um alimento fundamental para o desenvolvimento e vínculo da criança com sua mãe.
O ideal é que o aleitamento aconteça de forma exclusiva e em livre demanda, desde a sala do parto até o sexto mês, e de maneira complementar até os dois anos ou mais.
O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o bebê. Além disso, facilita a digestão, hidrata e protege contra doenças infecciosas e alergias, e melhora a resposta à vacinação, diminuindo as chances de mortalidade infantil.
A mãe também se beneficia com a amamentação, já que a prática fortalece o vínculo com o bebê e protege a mulher contra alguns tipos de câncer e doenças.
Desenvolvemos o texto a seguir com o objetivo de promover uma boa experiência com a amamentação, com dicas para facilitar a prática, informações sobre o que não se deve fazer durante o período que estiver amamentando, o que pode ajudar a prevenir dores e como usar a bomba para extrair leite. Boa leitura!
Como facilitar a amamentação?
Há diversos cenários que podem tornar a amamentação um desafio para algumas mamães. Apesar do momento de amamentar o bebê ser rodeado de muita expectativa, essa nem sempre é uma tarefa fácil.
A demora na apojadura ou descida do leite é um dos problemas que pode dificultar a amamentação. Isso geralmente acontece entre o terceiro e quinto dia pós-parto, mas pode demorar um pouco mais em alguns casos. Um dos possíveis fatores associados a isso é a realização de cesarianas programadas, quando a mulher não entra em trabalho de parto.
Nessas condições, há algumas medidas que podem ajudar, como a estimulação da mama – seja com sucção frequente do bebê, ou com a extração manual ou por bomba do leite materno.
Em muitos casos, o auxílio de um profissional da saúde logo após o nascimento do bebê pode fazer toda a diferença. Assim, é possível avaliar o frênulo lingual e identificar rapidamente caso a criança possua anquiloglossia, condição popularmente conhecida como “língua presa” e que pode interferir na amamentação.
Quando a mãe tem mamilo plano ou invertido também é possível que enfrente dificuldades na hora de amamentar. A saída para isso é ajudar o bebê a abocanhar o mamilo e a aréola, testando diferentes posições para facilitar a pega. Quando a mama estiver muito cheia, recomenda-se retirar um pouco de leite, o que vai fazer com que a aréola fique mais macia e facilite o processo.
Algumas mães podem optar por ofertar outros leites e alimentos à criança, por acreditar que está produzindo poucas quantidades ou que o leite produzido é fraco. O choro ou outras reações de insatisfação do bebê não necessariamente significam que a mãe esteja com pouco leite.
De maneira geral, a maioria das mulheres é capaz de produzir quantidade o suficiente, desde que a criança sugue com frequência, por tempo e pega adequados. Isso ajuda a esvaziar a mama e estimular a produção do leite.
Além disso, o leite materno é sempre adequado ao desenvolvimento do bebê. Nos primeiros dias de vida, é esperado que a produção seja pequena. O leite produzido nesse período é chamado de colostro, e tem alto valor nutritivo e anticorpos para atender às necessidades da criança.
O contrário também pode ocorrer, e é chamado de hiperlactação. Embora produzir quantidades a mais do que o bebê consome não seja necessariamente um problema, isso também pode gerar dificuldades na amamentação.
Se esse for o seu caso, evite retirar o leite das mamas antes das mamadas, a menos que elas estejam realmente muito cheias e causando desconforto. Experimente amamentar deitada ou de lado, pois essas posições ajudam a diminuir o fluxo de leite.
Outra solução é considerar a doação de leite excedente para o Banco de Leite Humano ou para o Posto de Coleta de Leite Humano, se esse tipo de iniciativa estiver presente na sua cidade.
De maneira geral, algo que pode facilitar consideravelmente a amamentação é realizá-la em ambientes tranquilos e confortáveis, sempre em livre demanda (ou seja, quando o bebê quiser ou apresentar sinais de fome e sede).
A posição do bebê é um detalhe ao qual também vale a pena atentar: alinhe o corpo do seu filho próximo ao seu e mantenha o corpo e a cabeça dele alinhados. A pega deve ser feita com a boca bem aberta, de modo que os lábios inferior e superior fiquem virados para fora e o queixo toque a mama. O bebê deve abocanhar a maior parte da aréola e não apenas o bico do seio.
É muito comum que as mulheres sintam sede ao amamentar, já que o corpo precisa repor o líquido que perde durante essa atividade. Sendo assim, também é recomendado manter uma garrafa ou copo d’água por perto para se hidratar durante as mamadas. Tente consumir, no mínimo, 2 litros de líquidos ao dia.
Como cada bebê tem seu próprio ritmo, é importante respeitar o tempo que a criança leva para mamar. Dê apenas leite materno até o bebê completar 6 meses de vida, evitando chás, água e outros leites ou alimentos durante esse período.
A partir disso, é preciso inserir outros alimentos saudáveis à alimentação da criança. Enquanto ela estiver sendo amamentada, não é preciso oferecer nenhum outro tipo de leite.
A amamentação não deve doer, nem machucar o peito. Caso isso ocorra, é importante procurar ajuda em uma Unidade Básica de Saúde. E, mesmo seguindo todas as recomendações citadas, algumas mulheres podem apresentar dificuldades ao amamentar. Nessas horas, manter a calma e ter paciência são fatores essenciais para prosseguir com o aleitamento materno.
A princípio, toda mulher tem condições de amamentar e deve tentar fazê-lo. No entanto, nem todas as mulheres conseguem ou se sentem confortáveis com a prática. Nesses casos, vale dizer que a escolha de realizar ou não o aleitamento materno é exclusivamente da mãe e deve ser respeitada pelos profissionais de saúde que a acompanham, pelos familiares e pela sociedade.
Caso você opte por não amamentar, procure ajuda de um profissional da saúde para obter orientações sobre as melhores práticas para garantir o crescimento saudável do seu bebê.
Seja qual for a sua decisão, a orientação profissional é sempre bem vinda e pode servir para evitar uma série de problemas, como o empedramento do leite, rachaduras no mamilo e outros desconfortos decorrentes da amamentação.
Agora que você já está familiarizada com os principais desafios da amamentação e as melhores práticas para enfrentá-los, confira a seguir o que deve ser evitado durante esse período tão importante na sua vida e na do bebê.
O que é contraindicado durante a amamentação?
Durante a fase da amamentação, é essencial também estar ciente das contraindicações que podem afetar tanto a sua saúde quanto a do bebê. Embora a prática seja amplamente recomendada devido aos seus inúmeros benefícios, existem situações que podem ocasionar dificuldades ou até mesmo representar riscos potenciais.
Enquanto estiver amamentando, evite usar medicamentos sem a prescrição de um médico, pois alguns compostos presentes em remédios podem interferir na produção e na qualidade do leite. Bebidas alcoólicas, cigarros e qualquer outro tipo de droga também devem ser evitados.
Também é contraindicado oferecer chupetas, bicos e mamadeiras para o bebê, pois isso pode confundi-lo e ocasionar a rejeição do peito da mãe, além de também causar problemas nos dentes, na fala e na respiração.
Ao tomar banho, evite usar sabonete e outros produtos para lavar os mamilos, pois esses itens podem eliminar o óleo natural presente na pele que é responsável pela proteção e hidratação dessa região. Prefira higienizar as mamas apenas com água.
Em relação à alimentação, é interessante evitar alimentos ricos em sódio (como alimentos e temperos industrializados), molhos prontos (ketchup, mostarda, molho inglês, shoyu, etc.) e conservas. O excesso de sal presente nesses alimentos pode provocar a retenção de líquidos e ocasionar inchaço.
Outra restrição é em relação ao consumo excessivo de bebidas cafeinadas (café, chá mate, chá preto, chá verde e refrigerantes), pois podem causar irritabilidade no bebê. Nesse momento, dietas para emagrecimento com restrição de calorias também devem ser evitadas.
Se você chegou até aqui, já sabe o que deve ou não fazer para ter uma amamentação bem-sucedida. Continue a leitura para descobrir como prevenir algumas dores que podem ser comuns durante esse período.
Como prevenir dores ao amamentar?
Nos primeiros dias após o parto, é normal que a mulher sinta certa dor nos seios, já que as mamas estão se preparando para a produção e a descida do leite. Durante esse período, as mamas costumam ficar maiores, bem cheias e até mesmo quentes.
Todas essas mudanças no corpo da nova mamãe podem provocar um pouco de desconforto ou dor nos primeiros dias, assim como a sucção do bebê. Quando a amamentação é feita em livre demanda logo de início, a adaptação a esse processo tende a acontecer de maneira mais rápida.
Se a dor persistir por mais de uma semana ou os mamilos chegarem a ficar muito machucados, é importante consultar o médico que vêm te acompanhando para tentar encontrar uma forma de resolver o problema.
A pega incorreta do bebê é a causa mais comum das dores ao amamentar. No final da gestação e após o parto, é normal sentir maior sensibilidade nas mamas, mas sentir dor ao amamentar é um sinal de que algo precisa ser ajustado.
Além de dificultar a saída do leite e comprometer a nutrição da criança, essa situação também pode machucar os mamilos pelo excesso de fricção. Em tais circunstâncias, pode ser necessário ajustar a pega, variar a posição do bebê no momento de amamentar e fazer a retirada do leite do peito enquanto o bebê não conseguir sugar, o que ajuda a estimular a mama a continuar produzindo leite.
O chamado “leite empedrado” também é um dos motivos que mais causam dor, ocasionado pela produção de leite além da quantidade esperada. Tecnicamente, essa condição é chamada de ingurgitamento mamário. Para evitar que isso aconteça, deixe o bebê mamar sempre que quiser, e faça massagens com movimentos circulares nas mamas.
Se o problema persistir, é importante procurar a ajuda de um profissional da saúde para evitar que se torne uma mastite, que é um tipo de inflamação nas mamas. Quando isso acontece, uma parte da mama fica inchada, quente, avermelhada e dolorida, causando dores no corpo, febre e mal-estar.
A amamentação não precisa ser interrompida para que o tratamento da mastite seja realizado, mas é de suma importância procurar rapidamente por um serviço de saúde para evitar infecções.
Outra possível causa de dores ao amamentar é quando o leite fica retido em alguns canais da mama, gerando um bloqueio dos ductos lactíferos.
Isso pode acontecer por uma série de motivos, como quando o leite produzido não é drenado adequadamente, as mamas não estão sendo bem esvaziadas, as mamadas estão muito espaçadas, são utilizados sutiãs muito apertados ou quando há obstrução dos poros de saída do leite devido a algum produto aplicado na região.
Para evitar esse tipo de problema, amamente com frequência e em diferentes posições, massageando a área afetada e esvaziando completamente as mamas. Esse problema também pode evoluir para uma mastite, por isso é importante procurar ajuda profissional caso a situação persista.
Outra dica que ajuda a evitar problemas ao amamentar envolve a exposição dos mamilos ao ar livre ou à luz solar para que sequem naturalmente. É melhor evitar, mas se for preciso utilizar absorventes para conter o excesso ou vazamento de leite, lembre-se de trocá-los com frequência para evitar que a umidade provoque a proliferação de fungos.
Quando os seios ou mamilos estiverem machucados, vale a pena variar a posição das mamadas para reduzir a pressão nos pontos doloridos, e iniciar a amamentação com a mama que estiver menos machucada.
Direcionar o queixo do bebê para a área afetada pode facilitar a retirada de leite acumulado no local. Se os mamilos estiverem machucados, enxágue-os com água limpa ao menos uma vez ao dia ou preferencialmente após cada mamada para evitar infecções.
Caso a lesão seja muito grande ou a mãe não consiga amamentar devido à dor, pode ser necessário interromper temporariamente a amamentação na mama afetada, esvaziando-a por ordenha manual ou com bomba de extração de leite. Nesses casos, a orientação médica é indispensável.
O que ajuda a mãe a produzir mais leite?
Como vimos anteriormente, outra questão muito comum durante o período da amamentação é a preocupação em relação à quantidade que é produzida. Há algumas ideias que podem ajudar quanto a isso.
Depois do parto, amamente assim que possível. O ideal é que isso seja feito dentro de aproximadamente uma hora. Em alguns casos (como quando é feita uma cesariana), é possível que você só consiga fazer isso algum tempo depois, mas não se preocupe, pois há diversas outras dicas que podem ser colocadas em prática para aumentar a produção do leite.
A pega correta, como já vimos, é um dos fatores fundamentais. Se você tiver dúvidas quanto a isso, um(a) consultor(a) de amamentação ou seu médico obstetra poderá confirmar se a pega está adequada e se o bebê está ingerindo o leite.
É provável que o bebê queira mamar diversas vezes ao dia, algo em torno de 8 a 12 mamadas. Atendê-lo em livre demanda também serve para estimular os seios a produzirem mais leite. Se necessário, use uma bombinha para esvaziar as mamas entre uma mamada e outra. Quanto mais leite você conseguir retirar, mais seu peito vai produzir.
Se você precisar tomar algum tipo de medicamento, fale com seu médico antes, pois alguns remédios podem interferir na produção de leite. Muitas vezes, o profissional pode sugerir alternativas mais adequadas para o período de amamentação.
Lembre-se de amamentar com ambos os seios, alternando-os entre as mamadas. Ambos precisam estar vazios para produzir mais leite. O ideal é manter uma rotina de amamentação, sem pular as mamadas. Para as mamães que estão retornando ao trabalho, bombear o leite é ainda mais importante para não afetar a produção. Continue a leitura para saber como utilizar esse instrumento.
Como extrair o leite com a bombinha?
Já que a bombinha de extrair leite é um dos principais aliados de quem está amamentando, é claro que este artigo não poderia deixar de falar sobre ela!
Nossa primeira dica sobre esse assunto é escolher o modelo ideal para o seu caso. Há várias opções de bombas extratoras de leite disponíveis para venda, e cada uma delas deve ser utilizada de acordo com as instruções do fabricante. Vale consultar seu médico a respeito do modelo mais apropriado para você.
Na hora de iniciar as extrações, tente realizá-las em alturas e posições diferentes para identificar qual a que melhor se adapta ao seu estilo de vida. Depois que pegar o jeito, é importante extrair o leite com alguma regularidade, para que seu corpo se habitue com o uso desse novo recurso.
No dia a dia, é importante escolher um local sossegado, limpo e confortável, e se certificar de que tem perto de si tudo o que precisa para não interromper a extração no meio do processo. Separe água, algo para comer, os frascos ou sacos para conservação do leite e uma fralda de pano para limpar possíveis respingos.
Antes e depois da extração do leite, é preciso higienizar bem as mãos. Também é importante estimular o fluxo de leite com massagens nos seios antes e durante o procedimento, bem como aquecê-los com uma compressa morna antes de iniciá-lo. Se possível, extraia o leite durante a noite. Essas técnicas vão ajudar a aumentar a quantidade de leite retirado.
Caso você sinta desconforto durante a extração (ou se aparecerem bolhas ou irritações no mamilo ou na mama), é recomendado reduzir a sucção do extrator de leite. A frequência e a duração do fluxo de leite podem interferir no tempo necessário para realizar a extração.
Após concluir a extração, lave bem todas as peças da bomba que tiveram contato com o leite ou com a boca do bebê, e certifique-se de que estejam completamente secas antes de guardá-las.
Vale lembrar que a amamentação é muito mais do que uma fonte de nutrição para o bebê: é um momento precioso de vínculo entre mãe e filho. Ao longo do processo de amamentação, vocês certamente vão criar laços profundos e significativos.
O contato pele a pele, a troca de olhares e a sensação de segurança proporcionada pelo ato de amamentar desempenham um papel fundamental na construção do relacionamento entre mamãe e bebê.
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